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13/12/2006 - 11h27

Para Frateschi, houve "armação" contra o PT no escândalo do dossiê

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, negou nesta quarta-feira o envolvimento do diretório paulista com a tentativa de compra pelo partido de um dossiê contra políticos tucanos. Para ele, houve uma "armação" contra o PT no escândalo.

"Tudo indica que as investigações já comprovaram que [o dossiê] não tem nenhuma ligação com o diretório estadual", afirmou Frateschi, que prestou depoimento por quase duas horas à Polícia Federal de Mato Grosso, em São Paulo.

O petista também negou o envolvimento do presidente licenciado do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), no caso, e afirmou desconhecer a origem do dinheiro apreendido no hotel Ibis, em São Paulo. "Tenho esperança de que ele volte logo a dirigir o diretório nacional do PT."

Frateschi ainda rejeitou a idéia de que houve caixa dois na campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo. "Esta campanha foi diuturnamente acompanhada pela imprensa."

O presidente do PT-SP afirmou que o depoimento de hoje foi de rotina, para prestar esclarecimentos sobre arrecadações de recursos para o partido.

Investigação

A Polícia Federal de Mato Grosso está em São Paulo para dar continuidade à investigação sobre o episódio do dossiê. O delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito, ouve depoimentos de membros do diretório paulista do PT.

Além de Frateschi, devem prestar depoimento à PF nesta quarta-feira os tesoureiros do partido no Estado e da campanha de Mercadante ao governo, Antonio dos Santos e José Giácomo Baccarin, respectivamente, e João Vaccari Neto, segundo suplente do senador Mercadante e homem de confiança de Berzoini.

Também devem ser ouvidos dois funcionários da Transbank, empresa que teria feito o transporte do dinheiro encontrado em São Paulo com Gedimar Passos e Valdebran Padilha. O dinheiro seria usado na compra do dossiê.

Além de tentar descobrir a origem do dinheiro, a PF busca indícios de envolvimento de Berzoini no caso.

No relatório parcial divulgado, Curado aponta que há indícios de que o deputado sabia do esquema, mas sustenta que as provas não são suficientes para incriminá-lo.

No último dia 4, a Justiça Federal de Mato Grosso decidiu prorrogar em mais 20 dias o inquérito sobre o caso. Assinada pelo juiz federal Jeferson Schneider, a decisão atendeu parcialmente ao pedido da PF, que queria mais 30 dias para concluir as investigações.

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