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14/12/2006 - 15h25

Heloísa diz que é preciso "óleo de peroba" para explicar aumento no Congresso

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A líder do PSOL no Senado, Heloísa Helena (AL), disse hoje que "não tem poço de óleo de peroba" que possa justificar a decisão das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado de aumentar em 91% os salários dos parlamentares para a próxima legislatura.

O PSOL foi o único partido que votou contra o reajuste. "Esta é uma decisão que esbofeteia o trabalhador. Enquanto o Congresso deu um aumento mixuruca para o salário mínimo, engordou os próprios salários em mais de 90%", condenou.

"Nós argumentamos sobre o fato de que parlamentar não ocupa carreira de Estado. Não é uma profissão, um emprego, é um serviço público temporário", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que defendia o reajuste correspondente a inflação nos últimos quatro anos, em torno de R$ 16.500,00.

O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), também se manifestou contrário a equiparação salarial, mas esta não foi uma decisão fechada do partido. A líder petista no Senado, Ideli Salvati (SC), disse na reunião das Mesas que a bancada estava dividida, tanto que o senador Tião Viana (PT-AC) se manifestou na ocasião favorável ao reajuste.

Fontana disse que não sente vergonha pela decisão de hoje porque "atua com dignidade". Ele recomendou que a população avalie cada parlamentar antes de julgá-lo.

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou que responde às pessoas que ganham salário mínimo que o Congresso também faz por elas, quando trabalha para sempre conceder mais. Para o próximo ano, o mínimo deve ficar em R$ 375,00.

Cascata

A preocupação do PSOL é que o reajuste para os deputados e senadores pode ter efeito cascata. Os salários dos deputados estaduais e vereadores têm como base os dos parlamentares federais. Os deputados estaduais ganham 75% do valor dos federais. O teto dos vereadores depende do tamanho do município.

Nos municípios, os vereadores recebem de 20% (até 10 mil habitantes) a 75% (acima de 500 mil habitantes) do salário do deputado estadual.

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