Publicidade
Publicidade
20/12/2006
-
19h18
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, encaminhou carta nesta quarta-feira ao presidente do PMDB, Michel Temer (SP), pedindo apoio do partido à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara.
No documento, Garcia reconhece que o PMDB tem direito a pleitear o comando da Casa por reunir a maior bancada eleita, mas afirma que "as condições políticas do momento" aliadas à coalizão política formada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedem ao PT o direito de disputar o cargo.
"Desnecessário é o relato do quadro atual na Câmara. Mas é com base nele que venho propor um acordo e solicitar apoio, como parte de um todo que envolve o conjunto dos partidos que apoiarão o governo do presidente Lula", afirma Marco Aurélio.
O presidente do PT também argumenta que o PMDB terá apoio da maioria dos partidos no Senado para reeleger Renan Calheiros (PMDB-AL) ao cargo do presidente da Casa Legislativa --por isso poderia abrir mão de ocupar a presidência da Câmara.
Em contrapartida ao apoio do PMDB, Garcia afirma que o PT está disposto a ajudar o partido daqui a dois anos, quando for o momento da escolha do sucessor de Chinaglia para o comando da Câmara.
"Propomos dividir a atual legislatura de maneira que PT e PMDB presidam a Câmara Federal. Nos dois primeiros anos seria o PT e nos dois anos seguintes seria o PMDB. Nessa proposta, quando um partido presidir, o outro escolherá em seguida o próximo cargo na Mesa. Qualquer outro ponto que também vier a ser acordado agora, será a matriz para se repetir o acordo daqui a dois anos, tendo em contra a participação dos demais partidos aliados", afirma o presidente do PT.
Garcia encerra a carta afirmando acreditar na "prioridade" da união entre as duas maiores bancadas da Câmara para a eleição de Chinaglia.
Resposta
Temer ainda não respondeu à carta, mas adiantou que pretende ouvir a bancada do PMDB para decidir conjuntamente sobre o pedido do PT.
A maioria dos peemedebistas já decidiu, durante reunião da bancada, lançar candidato próprio à presidência da Câmara. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) desistiu da disputa e abriu caminho para Eunício Oliveira (PMDB-CE), que nos bastidores já iniciou campanha para se tornar o novo presidente da Casa.
Alguns membros da bancada do PMDB, no entanto, defendem o apoio ao candidato petista para evitar um "racha" na base aliada do governo logo após a adesão do PMDB à coalizão política do governo federal.
Leia mais
Livro de Leôncio Martins Rodrigues analisa perfil da Câmara dos Deputados
Livro "Políticos do Brasil" mostra evolução do patrimônio dos deputados
Cinco partidos querem deixar discussão sobre reajuste salarial para 2007
Líder petista diz que deputados desistiram de salários de R$ 24.500
Mantega rejeita salário mínimo de R$ 380 e defende R$ 367
Especial
Leia cobertura completa sobre a preparação do segundo mandato de Lula
PT oferece ao PMDB Senado e sucessão por apoio a Chinaglia na Câmara
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, encaminhou carta nesta quarta-feira ao presidente do PMDB, Michel Temer (SP), pedindo apoio do partido à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara.
No documento, Garcia reconhece que o PMDB tem direito a pleitear o comando da Casa por reunir a maior bancada eleita, mas afirma que "as condições políticas do momento" aliadas à coalizão política formada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedem ao PT o direito de disputar o cargo.
"Desnecessário é o relato do quadro atual na Câmara. Mas é com base nele que venho propor um acordo e solicitar apoio, como parte de um todo que envolve o conjunto dos partidos que apoiarão o governo do presidente Lula", afirma Marco Aurélio.
O presidente do PT também argumenta que o PMDB terá apoio da maioria dos partidos no Senado para reeleger Renan Calheiros (PMDB-AL) ao cargo do presidente da Casa Legislativa --por isso poderia abrir mão de ocupar a presidência da Câmara.
Em contrapartida ao apoio do PMDB, Garcia afirma que o PT está disposto a ajudar o partido daqui a dois anos, quando for o momento da escolha do sucessor de Chinaglia para o comando da Câmara.
"Propomos dividir a atual legislatura de maneira que PT e PMDB presidam a Câmara Federal. Nos dois primeiros anos seria o PT e nos dois anos seguintes seria o PMDB. Nessa proposta, quando um partido presidir, o outro escolherá em seguida o próximo cargo na Mesa. Qualquer outro ponto que também vier a ser acordado agora, será a matriz para se repetir o acordo daqui a dois anos, tendo em contra a participação dos demais partidos aliados", afirma o presidente do PT.
Garcia encerra a carta afirmando acreditar na "prioridade" da união entre as duas maiores bancadas da Câmara para a eleição de Chinaglia.
Resposta
Temer ainda não respondeu à carta, mas adiantou que pretende ouvir a bancada do PMDB para decidir conjuntamente sobre o pedido do PT.
A maioria dos peemedebistas já decidiu, durante reunião da bancada, lançar candidato próprio à presidência da Câmara. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) desistiu da disputa e abriu caminho para Eunício Oliveira (PMDB-CE), que nos bastidores já iniciou campanha para se tornar o novo presidente da Casa.
Alguns membros da bancada do PMDB, no entanto, defendem o apoio ao candidato petista para evitar um "racha" na base aliada do governo logo após a adesão do PMDB à coalizão política do governo federal.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice