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01/01/2007
-
09h20
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, 55, responsável por quebrar uma hegemonia de 16 anos do PFL no Estado, vai tentar minar a grande influência que aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) exercem na máquina pública estadual.
Para isso, Wagner determinou que todos os nomes do segundo e do terceiro escalões do seu governo não sejam anunciados imediatamente. "No meu governo não vai ter perseguição, mas também não terá privilégios. O meu recado é claro: quem não se enquadrar está fora."
Antes mesmo de tomar posse, Wagner anunciou o contingenciamento de 30% dos cargos e funções de confiança. "A medida é essencial para aprofundarmos o conhecimento da realidade da administração pública estadual e avaliarmos a possibilidade de economizar em alguns custeios para poder prestar melhores serviços à população."
O orçamento à disposição do governo para 2007 é de R$ 17,275 bilhões, 1,7% superior ao deste ano. Do total, R$ 8,1 bilhões estão comprometidos com a folha de pagamento e encargos sociais.
Além do orçamento, Wagner teve aprovada a sua reforma administrativa, criando mais quatro secretarias. A sessão que aprovou o orçamento e a reforma foi o primeiro teste enfrentado pelos petistas na Assembléia Legislativa.
"Os deputados carlistas e soutistas [ligados ao governador Paulo Souto, do PFL] fizeram de tudo para impedir as aprovações, e somente conseguimos o nosso objetivo depois de 16 horas consecutivas de debates", disse o deputado estadual Emiliano José (PT).
ACM
Depois de comandar a Bahia por 16 anos --foi governador e indicou todos os sucessores até a vitória de Jaques Wagner--, o senador Antonio Carlos Magalhães, 79, disse que não acredita no êxito do governo petista.
"Quem entende um pouco de política e olha para o secretariado dele [Jaques Wagner] percebe que não vai dar certo. Vou torcer muito para estar enganado, mas tenho certeza de que vou recuperar o poder em 2010."
Wagner disse que quer seguir o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter o PT no poder estadual em 2010. "O presidente Lula foi recompensado [com a reeleição] porque investiu muito no social, distribuiu renda e apoiou todos os projetos que beneficiaram os mais pobres. Na Bahia, vou fazer o mesmo."
O novo governador acredita que a amizade com o presidente --foi ministro do Trabalho e das Relações Institucionais no primeiro governo de Lula-- facilitará o seu trabalho.
"É evidente que o presidente Lula tem um carinho muito especial pela Bahia, ficou muito satisfeito com a minha vitória e, certamente, vai me ajudar a fazer uma grande administração."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o governador Jacques Wagner
Wagner assume e planeja minar PFL na máquina pública da Bahia
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da Agência Folha, em Salvador
O governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, 55, responsável por quebrar uma hegemonia de 16 anos do PFL no Estado, vai tentar minar a grande influência que aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) exercem na máquina pública estadual.
Para isso, Wagner determinou que todos os nomes do segundo e do terceiro escalões do seu governo não sejam anunciados imediatamente. "No meu governo não vai ter perseguição, mas também não terá privilégios. O meu recado é claro: quem não se enquadrar está fora."
Antes mesmo de tomar posse, Wagner anunciou o contingenciamento de 30% dos cargos e funções de confiança. "A medida é essencial para aprofundarmos o conhecimento da realidade da administração pública estadual e avaliarmos a possibilidade de economizar em alguns custeios para poder prestar melhores serviços à população."
O orçamento à disposição do governo para 2007 é de R$ 17,275 bilhões, 1,7% superior ao deste ano. Do total, R$ 8,1 bilhões estão comprometidos com a folha de pagamento e encargos sociais.
Além do orçamento, Wagner teve aprovada a sua reforma administrativa, criando mais quatro secretarias. A sessão que aprovou o orçamento e a reforma foi o primeiro teste enfrentado pelos petistas na Assembléia Legislativa.
"Os deputados carlistas e soutistas [ligados ao governador Paulo Souto, do PFL] fizeram de tudo para impedir as aprovações, e somente conseguimos o nosso objetivo depois de 16 horas consecutivas de debates", disse o deputado estadual Emiliano José (PT).
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Depois de comandar a Bahia por 16 anos --foi governador e indicou todos os sucessores até a vitória de Jaques Wagner--, o senador Antonio Carlos Magalhães, 79, disse que não acredita no êxito do governo petista.
"Quem entende um pouco de política e olha para o secretariado dele [Jaques Wagner] percebe que não vai dar certo. Vou torcer muito para estar enganado, mas tenho certeza de que vou recuperar o poder em 2010."
Wagner disse que quer seguir o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter o PT no poder estadual em 2010. "O presidente Lula foi recompensado [com a reeleição] porque investiu muito no social, distribuiu renda e apoiou todos os projetos que beneficiaram os mais pobres. Na Bahia, vou fazer o mesmo."
O novo governador acredita que a amizade com o presidente --foi ministro do Trabalho e das Relações Institucionais no primeiro governo de Lula-- facilitará o seu trabalho.
"É evidente que o presidente Lula tem um carinho muito especial pela Bahia, ficou muito satisfeito com a minha vitória e, certamente, vai me ajudar a fazer uma grande administração."
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