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03/01/2007
-
12h03
da Folha Online
O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, fez uma manifestação pública contrária ao retorno do deputado federal Ricardo Berzoini à Presidência do PT. Membro do Diretório Nacional, Pomar admitiu que, do ponto de vista das regras do partido, a volta de Berzoini é totalmente legal", mas que é ruim "do ponto de vista político".
"Do ponto de vista estritamente 'legal' não vejo base para questionar a decisão de Berzoini: ele é o presidente eleito, se afastou por decisão própria e volta por decisão própria", escreve Pomar, em artigo publicado no site do PT.
"Entretanto, do ponto de vista político, penso (e disse isso a Berzoini) que seu retorno à presidência é ruim para o PT", acrescenta ele.
Dossiegate
Berzoini se afastou da presidência do PT após o escândalo do dossiê, quando a Polícia Federal levantou suspeitas sobre seu possível envolvimento na tentativa de compra, por militantes petistas, de um dossiê contra políticos tucanos. A PF concluiu seu relatório sem indiciar o deputado federal, que ontem voltou ao cargo, ocupado interinamente por Marco Aurélio Garcia.
Pomar afirmou que não concordava com essa "premissa" --a ausência de indiciamento pela PF-- e disse que a presença de Berzoini na liderança do partido "facilitará a vida dos que insistem em colocar o PT nas páginas policiais".
E acrescentou: "o episódio do 'dossiê' provocou uma quebra nas relações de confiança existentes entre Berzoini e parcela importante dos dirigentes partidários".
O dirigente petista defendeu a manutenção de Marco Aurélio Garcia a frente da Presidência até a realização do próximo congresso nacional da legenda, previsto para o segundo semestre deste ano, ou as próximas eleições gerais, previstas para 2008, mas que podem ser antecipadas.
"Uma vez que Berzoini tomou a decisão de retomar à presidência, mesmo que de forma e em data que me parecem pouco adequadas, é fundamental que a direção nacional do Partido siga funcionando coletivamente e atenta para o fato de que, eleita num momento de transição na vida do partido, a direção escolhida no PED de 2005 é também transitória", conclui Pomar.
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Dirigente do PT afirma que retorno de Berzoini é ruim para o partido
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O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, fez uma manifestação pública contrária ao retorno do deputado federal Ricardo Berzoini à Presidência do PT. Membro do Diretório Nacional, Pomar admitiu que, do ponto de vista das regras do partido, a volta de Berzoini é totalmente legal", mas que é ruim "do ponto de vista político".
"Do ponto de vista estritamente 'legal' não vejo base para questionar a decisão de Berzoini: ele é o presidente eleito, se afastou por decisão própria e volta por decisão própria", escreve Pomar, em artigo publicado no site do PT.
"Entretanto, do ponto de vista político, penso (e disse isso a Berzoini) que seu retorno à presidência é ruim para o PT", acrescenta ele.
Dossiegate
Berzoini se afastou da presidência do PT após o escândalo do dossiê, quando a Polícia Federal levantou suspeitas sobre seu possível envolvimento na tentativa de compra, por militantes petistas, de um dossiê contra políticos tucanos. A PF concluiu seu relatório sem indiciar o deputado federal, que ontem voltou ao cargo, ocupado interinamente por Marco Aurélio Garcia.
Pomar afirmou que não concordava com essa "premissa" --a ausência de indiciamento pela PF-- e disse que a presença de Berzoini na liderança do partido "facilitará a vida dos que insistem em colocar o PT nas páginas policiais".
E acrescentou: "o episódio do 'dossiê' provocou uma quebra nas relações de confiança existentes entre Berzoini e parcela importante dos dirigentes partidários".
O dirigente petista defendeu a manutenção de Marco Aurélio Garcia a frente da Presidência até a realização do próximo congresso nacional da legenda, previsto para o segundo semestre deste ano, ou as próximas eleições gerais, previstas para 2008, mas que podem ser antecipadas.
"Uma vez que Berzoini tomou a decisão de retomar à presidência, mesmo que de forma e em data que me parecem pouco adequadas, é fundamental que a direção nacional do Partido siga funcionando coletivamente e atenta para o fato de que, eleita num momento de transição na vida do partido, a direção escolhida no PED de 2005 é também transitória", conclui Pomar.
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