Publicidade
Publicidade
05/01/2007
-
09h04
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O número de invasões de terra caiu no período eleitoral do ano passado, entre julho e outubro, se comparado com os anos anteriores do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, mesmo em ano eleitoral, a quantidade de ações cresceu em 2006.
Entre janeiro e novembro do ano passado, o governo federal registrou 259 invasões a imóveis rurais de todo o país, um avanço de 21% em relação ao mesmo período de 2005 --com 213 invasões. O mês de pico foi março, com 69 invasões.
No ano passado, os sem-terra diminuíram suas ações entre julho e outubro, período oficial das disputas eleitorais nos Estados e na corrida ao Palácio do Planalto. Em 2006, nesses quatro meses, ocorreram 47 invasões de terra, contra 76 no mesmo intervalo de 2005, 59 em 2004 e 85 em 2003.
Os números mostram um recuo estratégico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e dos demais movimentos do campo no segundo semestre do ano passado, quando o presidente petista disputou a reeleição.
"Nunca existiu uma trégua, e sim uma constatação de que em período eleitoral não há com quem negociar terra nos Estados. Todos [governos estaduais e federal] estão envolvidos nas eleições", disse Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST. Segundo ela, a participação oficial do movimento na campanha de Lula ocorreu apenas no segundo turno da disputa, em outubro passado.
Em 2002, os sem-terra tiraram o pé do acelerador. Naquele ano, ocorreram apenas 103 casos, sendo 19 deles entre julho e outubro. À época, o MST apoiou oficialmente o candidato petista. Desta vez, apenas recomendou o voto à reeleição.
Ontem, após oito meses, a Ouvidoria Agrária Nacional, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, divulgou um balanço atualizado de invasões no campo.
As invasões e as mortes no campo passaram a ser contabilizadas a partir de 2000. Antes disso, o governo utilizava dados colhidos pela CPT (Comissão Pastoral da Terra).
Dados do governo mostram que o MST foi responsável por 67% (689 casos) das 1.029 invasões de terra registradas entre janeiro de 2003 e novembro de 2006. Em 2006, das 259 ações 173 foram organizadas pelo movimento (66%).
"Em 2007 vamos fazer ações como há muito tempo não se fazia. Estamos muito insatisfeitos com o governo Lula, pois não há nenhuma perspectiva concreta à reforma agrária", disse a coordenadora do MST.
O número de mortes no campo tem caído de ano a ano. No ano passado, entre os meses de janeiro e novembro, sete assassinatos ocorreram em decorrência de conflitos fundiários, contra 14 em 2005, 16 em 2004 e 42 em 2003.
Leia mais
Cassol vai indicar preso pela PF para secretariado em Rondônia
Empresas acusadas de trabalho escravo financiaram campanhas de Déda e Sarney
Criticado, Lula cancela férias de ministros, mas sai de folga
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MST
MST reduziu invasões no período eleitoral
Publicidade
O número de invasões de terra caiu no período eleitoral do ano passado, entre julho e outubro, se comparado com os anos anteriores do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, mesmo em ano eleitoral, a quantidade de ações cresceu em 2006.
Entre janeiro e novembro do ano passado, o governo federal registrou 259 invasões a imóveis rurais de todo o país, um avanço de 21% em relação ao mesmo período de 2005 --com 213 invasões. O mês de pico foi março, com 69 invasões.
No ano passado, os sem-terra diminuíram suas ações entre julho e outubro, período oficial das disputas eleitorais nos Estados e na corrida ao Palácio do Planalto. Em 2006, nesses quatro meses, ocorreram 47 invasões de terra, contra 76 no mesmo intervalo de 2005, 59 em 2004 e 85 em 2003.
Os números mostram um recuo estratégico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e dos demais movimentos do campo no segundo semestre do ano passado, quando o presidente petista disputou a reeleição.
"Nunca existiu uma trégua, e sim uma constatação de que em período eleitoral não há com quem negociar terra nos Estados. Todos [governos estaduais e federal] estão envolvidos nas eleições", disse Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST. Segundo ela, a participação oficial do movimento na campanha de Lula ocorreu apenas no segundo turno da disputa, em outubro passado.
Em 2002, os sem-terra tiraram o pé do acelerador. Naquele ano, ocorreram apenas 103 casos, sendo 19 deles entre julho e outubro. À época, o MST apoiou oficialmente o candidato petista. Desta vez, apenas recomendou o voto à reeleição.
Ontem, após oito meses, a Ouvidoria Agrária Nacional, subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, divulgou um balanço atualizado de invasões no campo.
As invasões e as mortes no campo passaram a ser contabilizadas a partir de 2000. Antes disso, o governo utilizava dados colhidos pela CPT (Comissão Pastoral da Terra).
Dados do governo mostram que o MST foi responsável por 67% (689 casos) das 1.029 invasões de terra registradas entre janeiro de 2003 e novembro de 2006. Em 2006, das 259 ações 173 foram organizadas pelo movimento (66%).
"Em 2007 vamos fazer ações como há muito tempo não se fazia. Estamos muito insatisfeitos com o governo Lula, pois não há nenhuma perspectiva concreta à reforma agrária", disse a coordenadora do MST.
O número de mortes no campo tem caído de ano a ano. No ano passado, entre os meses de janeiro e novembro, sete assassinatos ocorreram em decorrência de conflitos fundiários, contra 14 em 2005, 16 em 2004 e 42 em 2003.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice