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05/01/2007
-
15h42
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A poucos dias da data do pagamento, o governo do Rio de Janeiro ainda não tem certeza de que conseguirá pagar os salários de todos os servidores estaduais na próxima semana.
Segundo o secretário da Fazenda, Joaquim Levy, os pagamentos da próxima segunda-feira, de servidores que recebem até R$ 500, estão garantidos com o desbloqueio de R$ 120 milhões vindos da anulação de um decreto da ex-governadora.
"Nós vamos depender da receita do dia 10 para pagar [todos os salários]", afirmou. A folha de pagamento dos funcionários ativos alcança R$ 650 milhões.
Cobrança de dívidas
Levy afirmou que a Procuradoria do Estado vai acelerar o processo de cobrança de dívidas e disse que espera se beneficiar ainda do aumento da arrecadação de ICMS no início do ano para realizar os pagamentos. "Até o dia 10, deve ter alguma receita, mas vai ser tempo real", disse.
"Os recursos realmente livres junto com a previsão de arrecadação dos primeiros dias impõem um desafio para pagar a folha até o dia 10. Se a gente fosse fazer uma execução absolutamente sem ter que explorar alternativas, seria muito difícil [fazer o pagamento], seria praticamente impossível", acrescenta.
Menos R$ 1,4 bilhão
Levy não quis divulgar o caixa que recebeu da administração de Rosinha. Ele afirmou, porém, que as receitas em 2007 devem vir abaixo do previsto no Orçamento em cerca de R$ 1,4 bilhão.
Para o secretário da Fazenda, os royalties do petróleo devem vir de R$ 700 milhões a menos do que os R$ 6,1 bilhões previstos, em razão da baixa dos preços do petróleo no mercado internacional.
Além disso, Levy afirmou que o governo não vai contar com a antecipação de receitas de royalties programada pela gestão anterior por meio de emissão de títulos de dívida também no valor de R$ 700 milhões.
"Nos últimos anos, houve um aumento muito forte de receitas ligadas o aumento do petróleo. O preços do petróleo caíram nos últimos seis meses, o que leva a gente a ter mais cuidado em 2007. Também houve aumento muito forte de despesa de pessoal", disse ele.
Levy voltou a dizer hoje que acha "surpreendente" que o Estado não esteja numa situação de folga de caixa "muito grande", dado o aumento de receita nos últimos anos, principalmente devido ao petróleo. Ele afirmou, no entanto, não querer polemizar com o governo anterior.
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Governo do Rio admite dificuldade para pagar salários de servidores
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da Folha Online, no Rio
A poucos dias da data do pagamento, o governo do Rio de Janeiro ainda não tem certeza de que conseguirá pagar os salários de todos os servidores estaduais na próxima semana.
Sérgio Lima/FI |
Secretário da Fazenda do Rio, Joaquim Levy |
"Nós vamos depender da receita do dia 10 para pagar [todos os salários]", afirmou. A folha de pagamento dos funcionários ativos alcança R$ 650 milhões.
Cobrança de dívidas
Levy afirmou que a Procuradoria do Estado vai acelerar o processo de cobrança de dívidas e disse que espera se beneficiar ainda do aumento da arrecadação de ICMS no início do ano para realizar os pagamentos. "Até o dia 10, deve ter alguma receita, mas vai ser tempo real", disse.
"Os recursos realmente livres junto com a previsão de arrecadação dos primeiros dias impõem um desafio para pagar a folha até o dia 10. Se a gente fosse fazer uma execução absolutamente sem ter que explorar alternativas, seria muito difícil [fazer o pagamento], seria praticamente impossível", acrescenta.
Menos R$ 1,4 bilhão
Levy não quis divulgar o caixa que recebeu da administração de Rosinha. Ele afirmou, porém, que as receitas em 2007 devem vir abaixo do previsto no Orçamento em cerca de R$ 1,4 bilhão.
Para o secretário da Fazenda, os royalties do petróleo devem vir de R$ 700 milhões a menos do que os R$ 6,1 bilhões previstos, em razão da baixa dos preços do petróleo no mercado internacional.
Além disso, Levy afirmou que o governo não vai contar com a antecipação de receitas de royalties programada pela gestão anterior por meio de emissão de títulos de dívida também no valor de R$ 700 milhões.
"Nos últimos anos, houve um aumento muito forte de receitas ligadas o aumento do petróleo. O preços do petróleo caíram nos últimos seis meses, o que leva a gente a ter mais cuidado em 2007. Também houve aumento muito forte de despesa de pessoal", disse ele.
Levy voltou a dizer hoje que acha "surpreendente" que o Estado não esteja numa situação de folga de caixa "muito grande", dado o aumento de receita nos últimos anos, principalmente devido ao petróleo. Ele afirmou, no entanto, não querer polemizar com o governo anterior.
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