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08/01/2007 - 09h37

Frente vai "patrulhar" parlamentares eleitos

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A crise ética do Congresso levou um grupo de cerca de 30 parlamentares a criar uma frente suprapartidária para fiscalizar o comportamento dos 513 deputados e 81 senadores.

O grupo --acusado, nos corredores do Congresso, de demagogia e de buscar a autopromoção-- é liderado informalmente pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Tem, entre seus expoentes, os que se posicionaram contra o reajuste salarial para R$ 24,5 mil e que participaram de CPIs recentes.

Entre os principais alvos do "patrulhamento" da frente estão os deputados federais eleitos Paulo Maluf (PP-SP) e José Airton Cirilo (PT-CE).

Maluf responde a processos por desvio de recursos --que ele nega-- na Prefeitura de São Paulo. "Qualquer fato novo que surgir vai resultar no pedido de cassação dele", disse Gabeira.

No caso de Cirilo, a CPI dos Sanguessugas recomendou ao Ministério Público seu indiciamento. Por meio de terceiros, Cirilo teria recebido propina do líder da máfia das ambulâncias, Luiz Antonio Vedoin. Ele nega.

Os idealizadores da frente se reúnem hoje em São Paulo para discutir o lançamento de um terceiro nome à presidência da Câmara. Eles acham que Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) não têm condições de defender a bandeira da ética no Congresso.

"Queremos recuperar a credibilidade do Congresso. Na próxima legislatura, haverá uma série de deputados que estão fugindo da polícia", disse Gabeira.

A formação da frente foi impulsionada pelos escândalos do mensalão e dos sanguessugas.

Ganhou força com a discussão sobre o reajuste salarial. Os 12 parlamentares que assinaram o mandado de segurança contra o aumento integram o grupo.

Outro que deve aderir ao grupo é o deputado José Aníbal (PSDB-SP). Ele tem conversado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o assunto, mas nega que FHC terá ingerência sobre o grupo.

O líder do PDT na Câmara, Miro Teixeira (RJ), critica o fato de o grupo tomar para si a bandeira da ética. "A frente não pode achar que a questão ética é uma bandeira exclusiva."

Maluf

O deputado eleito Paulo Maluf (PP-SP) disse ontem, por intermédio de sua assessoria de imprensa, sobre os deputados que pretendem "fiscalizá-lo" na Câmara: "Quem foi eleito deputado com 740 mil votos ou 10 mil votos é um deputado como todos os demais. Quem julga deputados é a Justiça. Aos deputados desse grupo que usa falsas acusações para aparecer na mídia, recomendo que comecem a trabalhar pelos Estados que os elegeram.

Desafio que achem alguém que tenha feito mais por São Paulo do que eu em meus 39 anos de vida pública". A assessoria de José Airton Cirilo disse que ele estava incomunicável ontem, em férias no interior do Estado.

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