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09/01/2007
-
11h37
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) não conseguiu um consenso sobre a disputa à presidência da Câmara, em uma reunião realizada na noite de ontem com dez partidos da base aliada. Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a conclusão do encontro foi que a base está rachada nesta questão.
A idéia era fazer uma aferição entre os partidos para indicar quem tem mais apoio: Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tenta a reeleição, ou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Sem um consenso, o racha da base aliada deve obrigar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interferir na disputa. A avaliação nas duas campanhas é que a maioria dos partidos da base irá seguir o que recomendar o Palácio do Planalto, ainda mais porque o presidente ainda não definiu a reforma ministerial.
Segundo apurou a Folha Online, o encontro dos partidos foi forçado pelo presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo.
Depois de se reunir com Tarso Genro, na tarde de ontem, e ouvir o apelo do ministro para que Aldo cedesse, Rabelo disse que o partido só tomaria esta decisão caso sentisse que a candidatura não tinha apoio na base. O encontro, que já havia sido cancelado, foi novamente agendado.
À noite, o ministro voltou a defender a candidatura única e recebeu o apoio do PDT para esta proposta. "Não é de boa fé política ter na mesma base candidatos disputando entre si", ponderou Lupi.
Saída sem constrangimentos
A Folha Online apurou com interlocutores de Chinaglia que o ministro tem trabalhado para oferecer a Aldo saídas para que ele possa abandonar a candidatura sem constrangimentos.
A aferição seria uma das alternativas, mas acabou não dando resultado, já que a base se mostrou dividida. Os petistas apostavam que a consulta fortaleceria Chinaglia.
Participaram do encontro, ontem à noite, representantes do PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB. A reunião se estendeu até as 21 horas, fora do Palácio do Planalto. O local vem sendo mantido em sigilo pelos participantes.
Terceira via
No encontro, o grupo avaliou que mais do que o racha na base aliada, o problema é a possibilidade de a disputa entre Aldo e Chinaglia alimentar um terceiro nome apoiado pelo chamado grupo ético da Casa.
A avaliação foi que a terceira via pode ser uma ameaça real ao governo. Nesse caso, a tendência é que o Planalto interfira para evitar ter no comando da Câmara um nome pouco alinhado ao governo.
Hoje, os deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Raul Jungmann (PPS-PE) se reúnem com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), para buscar o apoio do partido ao candidato alternativo.
O nome ainda não foi definido, mas a reportagem apurou que a idéia do grupo é lançar alguém do PMDB.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) não conseguiu um consenso sobre a disputa à presidência da Câmara, em uma reunião realizada na noite de ontem com dez partidos da base aliada. Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a conclusão do encontro foi que a base está rachada nesta questão.
A idéia era fazer uma aferição entre os partidos para indicar quem tem mais apoio: Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tenta a reeleição, ou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Sem um consenso, o racha da base aliada deve obrigar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interferir na disputa. A avaliação nas duas campanhas é que a maioria dos partidos da base irá seguir o que recomendar o Palácio do Planalto, ainda mais porque o presidente ainda não definiu a reforma ministerial.
Segundo apurou a Folha Online, o encontro dos partidos foi forçado pelo presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo.
Depois de se reunir com Tarso Genro, na tarde de ontem, e ouvir o apelo do ministro para que Aldo cedesse, Rabelo disse que o partido só tomaria esta decisão caso sentisse que a candidatura não tinha apoio na base. O encontro, que já havia sido cancelado, foi novamente agendado.
À noite, o ministro voltou a defender a candidatura única e recebeu o apoio do PDT para esta proposta. "Não é de boa fé política ter na mesma base candidatos disputando entre si", ponderou Lupi.
Saída sem constrangimentos
A Folha Online apurou com interlocutores de Chinaglia que o ministro tem trabalhado para oferecer a Aldo saídas para que ele possa abandonar a candidatura sem constrangimentos.
A aferição seria uma das alternativas, mas acabou não dando resultado, já que a base se mostrou dividida. Os petistas apostavam que a consulta fortaleceria Chinaglia.
Participaram do encontro, ontem à noite, representantes do PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB. A reunião se estendeu até as 21 horas, fora do Palácio do Planalto. O local vem sendo mantido em sigilo pelos participantes.
Terceira via
No encontro, o grupo avaliou que mais do que o racha na base aliada, o problema é a possibilidade de a disputa entre Aldo e Chinaglia alimentar um terceiro nome apoiado pelo chamado grupo ético da Casa.
A avaliação foi que a terceira via pode ser uma ameaça real ao governo. Nesse caso, a tendência é que o Planalto interfira para evitar ter no comando da Câmara um nome pouco alinhado ao governo.
Hoje, os deputados Luiza Erundina (PSB-SP) e Raul Jungmann (PPS-PE) se reúnem com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), para buscar o apoio do partido ao candidato alternativo.
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