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09/01/2007 - 14h16

Advogado descarta prisão no Brasil de fundadores da Renascer

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da Folha Online

O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso afirmou no início da tarde desta terça-feira que Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, foram detidos na imigração em Miami após entrarem nos Estados Unidos com US$ 56 mil (em espécie), mas declararem à alfândega que não possuíam mais do que US$ 10 mil.

D'Urso, que foi reeleito presidente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil), descartou, no entanto, que o casal será preso ao retornar ao Brasil, onde os dois são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato.

Estevam e Sônia foram detidos pelo FBI (Federal Bureau of Investigation) --a polícia federal norte-americana. Um advogado, segundo D'Urso, já está no local acompanhado a situação do casal.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual de São Paulo, Estevam e Sônia também serão investigados nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.

Para os promotores do Gaeco, a prisão deles com um dinheiro não-declarado confirma as práticas cometidas no Brasil. Eles disseram não poder dar mais informações sobre o caso, pois o processo tramita em segredo de Justiça.

Acusações

No final de dezembro, o casal conseguiu uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles no Brasil. Até então, eles eram considerados foragidos.

Reportagem publicada pela Folha no dia 25 de outubro informava que um ex-funcionário da Renascer, que se identificou como "J", disse que o dinheiro arrecadado entre os fiéis era usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes. Assim, sobravam mais recursos para que as empresas do grupo comprassem bens.

Numa outra denúncia, o Ministério Público de São Paulo acusou os Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno de falsidade ideológica. Eles teriam montado uma igreja "laranja", chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.

Segundo a denúncia, a igreja Internacional Renovação Evangélica, criada em 2004 por Jorge Luiz Bruno, não existe fisicamente. No endereço indicado na ata de fundação --rua Maria Carlota, 879, na zona leste de São Paulo-- funciona um templo da Renascer.

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