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10/01/2007
-
10h50
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Depois de uma reunião com os representantes de 11 partidos que apóiam o governo Lula, o Palácio do Planalto admitiu que as candidaturas de dois deputados da base aliada à presidência da Câmara dos Deputados podem ser levadas até o fim e se enfrentar no plenário.
Até a reunião, realizada anteontem à noite, o governo sempre defendeu que a disputa entre Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) seria resolvida antes do dia 1º de fevereiro, data da eleição.
Havia até um prazo, o dia 20 deste mês, para que se chegasse a um consenso. Agora, o governo já trabalha com a hipótese de que os dois levem a disputa até o final, desde que não surja um terceiro nome com chance real de vitória.
"Houve um consenso na reunião que, no limite, a base pode civilizadamente ter dois candidatos. Para nós, se esses dois somarem 90% dos votos, não há nenhum problema, porque isso só garantiria que seria um ou outro o presidente", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
A entrevista do ministro foi concedida antes da reunião do PMDB que decidiu apoio a Chinaglia. Procurado depois, Tarso ressaltou a "importância" da decisão, mas disse que não a comentaria, por se tratar de uma questão "partidária".
O governo ainda teme uma "síndrome Severino", como disse Tarso, e conseguiu do presidente do PMDB, Michel Temer, o compromisso de que o partido não iria apoiar uma "terceira via" e não lançaria candidato, o que aconteceu.
Em 2005, a disputa entre dois petistas pela presidência da Câmara abriu espaço para a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE), derrotando o candidato do governo.
Apesar de dizer que, no momento oportuno, vai deixar claro ao candidato com menos chances que acredita que o outro seja a melhor opção, Tarso nega uma interferência do governo. "Nada impede que o governo tenha opinião. Mas o governo não tem poder e não vai enquadrar ninguém."
Deve haver um novo encontro entre os partidos da base aliada, a chamada "coalizão de governo", ainda nesta semana ou no início da próxima. A reunião de ontem teve 11 partidos (PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB), que somam cerca de 350 dos 513 deputados.
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Planalto admite que disputa na Câmara pode chegar ao plenário
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Depois de uma reunião com os representantes de 11 partidos que apóiam o governo Lula, o Palácio do Planalto admitiu que as candidaturas de dois deputados da base aliada à presidência da Câmara dos Deputados podem ser levadas até o fim e se enfrentar no plenário.
Até a reunião, realizada anteontem à noite, o governo sempre defendeu que a disputa entre Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) seria resolvida antes do dia 1º de fevereiro, data da eleição.
Havia até um prazo, o dia 20 deste mês, para que se chegasse a um consenso. Agora, o governo já trabalha com a hipótese de que os dois levem a disputa até o final, desde que não surja um terceiro nome com chance real de vitória.
"Houve um consenso na reunião que, no limite, a base pode civilizadamente ter dois candidatos. Para nós, se esses dois somarem 90% dos votos, não há nenhum problema, porque isso só garantiria que seria um ou outro o presidente", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
A entrevista do ministro foi concedida antes da reunião do PMDB que decidiu apoio a Chinaglia. Procurado depois, Tarso ressaltou a "importância" da decisão, mas disse que não a comentaria, por se tratar de uma questão "partidária".
O governo ainda teme uma "síndrome Severino", como disse Tarso, e conseguiu do presidente do PMDB, Michel Temer, o compromisso de que o partido não iria apoiar uma "terceira via" e não lançaria candidato, o que aconteceu.
Em 2005, a disputa entre dois petistas pela presidência da Câmara abriu espaço para a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE), derrotando o candidato do governo.
Apesar de dizer que, no momento oportuno, vai deixar claro ao candidato com menos chances que acredita que o outro seja a melhor opção, Tarso nega uma interferência do governo. "Nada impede que o governo tenha opinião. Mas o governo não tem poder e não vai enquadrar ninguém."
Deve haver um novo encontro entre os partidos da base aliada, a chamada "coalizão de governo", ainda nesta semana ou no início da próxima. A reunião de ontem teve 11 partidos (PSC, PSB, PCdoB, PMDB, PP, PR, PV, PT, PDT, PTB e PRB), que somam cerca de 350 dos 513 deputados.
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