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10/01/2007
-
17h28
da Folha Online
Detidos ontem em Miami (Estados Unidos), os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho, podem ser presos quando retornarem ao Brasil. É que o juiz da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Paulo Antonio Rossi, acatou o pedido do Ministério Público Estadual de São Paulo e decretou a prisão preventiva do casal.
Os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público, fizeram o pedido de prisão após o casal Hernandes ser detido em Miami por declarar falsamente à alfândega norte-americana que não portavam mais de US$ 10 mil. No entanto, foram encontrados US$ 56 mil com eles. O dinheiro estava escondido inclusive na capa de uma Bíblia encontrada na bagagem da bispa Sônia --como ela é chamada na Renascer.
Os promotores alegaram à Justiça que o casal continuou cometendo o crime de lavagem de dinheiro mesmo após conseguirem uma liminar revogando um pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Exemplo disso seria a entrada nos Estados Unidos com dinheiro não declarado.
Ontem, o Departamento de Imigração dos EUA informou que o casal pagou uma fiança de US$ 100 mil --US$ 50 mil cada um-- e foi liberado. Mas eles não podem voltar para o Brasil. O casal deverá aguardar na Flórida a conclusão do processo.
Procurados pela reportagem, o advogado do casal Hernandes, Luiz Flávio D´Urso não foi localizado para comentar o novo pedido de prisão. A assessoria da Renascer não quis se manifestar.
Equívoco
O advogado dos fundadores da Renascer, Luiz Flávio Borges D'Urso, negou ontem a prisão do casal. Ele sustentou que Estevam e Sônia foram somente detidos pela polícia americana porque teriam cometido o que chama de equívoco na declaração de valores à alfândega.
"Por um equívoco no preenchimento da declaração aduaneira quanto aos valores transportados pela família, foram chamados a prestar esclarecimentos perante as autoridades locais", afirma o advogado, que fez as declarações em nome do casal.
No Brasil
Sônia e Estevam conseguiram embarcar para os Estados Unidos porque obtiveram no final de dezembro uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Até então, eles eram considerados foragidos.
No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. Os crimes envolveriam as doações feitas pelos fiéis e a abertura de "empresas fantasmas". Saiba quais são as acusações contra os fundadores da Igreja Renascer
Segundo o Gaeco, o Ministério Público Estadual de São Paulo irá pedir para o casal também ser investigado nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.
No Brasil, a Justiça já havia bloqueado alguns bens do casal, como um haras na região de Atibaia (SP). Apesar de o casal possuir uma fortuna estimada em R$ 19 milhões, como uma mansão na Flórida, a igreja acumula dívidas de R$ 12 milhões --como os aluguéis dos vários templos da Renascer.
Para os promotores do Gaeco, a prisão deles com o dinheiro não declarado nos EUA confirma as práticas cometidas no Brasil.
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Detidos ontem em Miami (Estados Unidos), os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho, podem ser presos quando retornarem ao Brasil. É que o juiz da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Paulo Antonio Rossi, acatou o pedido do Ministério Público Estadual de São Paulo e decretou a prisão preventiva do casal.
Divulgação |
Bispa Sônia, da Renascer |
Os promotores alegaram à Justiça que o casal continuou cometendo o crime de lavagem de dinheiro mesmo após conseguirem uma liminar revogando um pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Exemplo disso seria a entrada nos Estados Unidos com dinheiro não declarado.
Ontem, o Departamento de Imigração dos EUA informou que o casal pagou uma fiança de US$ 100 mil --US$ 50 mil cada um-- e foi liberado. Mas eles não podem voltar para o Brasil. O casal deverá aguardar na Flórida a conclusão do processo.
Procurados pela reportagem, o advogado do casal Hernandes, Luiz Flávio D´Urso não foi localizado para comentar o novo pedido de prisão. A assessoria da Renascer não quis se manifestar.
Equívoco
Divulgação |
Apóstolo Estevam Hernandes |
"Por um equívoco no preenchimento da declaração aduaneira quanto aos valores transportados pela família, foram chamados a prestar esclarecimentos perante as autoridades locais", afirma o advogado, que fez as declarações em nome do casal.
No Brasil
Sônia e Estevam conseguiram embarcar para os Estados Unidos porque obtiveram no final de dezembro uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Até então, eles eram considerados foragidos.
No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. Os crimes envolveriam as doações feitas pelos fiéis e a abertura de "empresas fantasmas". Saiba quais são as acusações contra os fundadores da Igreja Renascer
Segundo o Gaeco, o Ministério Público Estadual de São Paulo irá pedir para o casal também ser investigado nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.
No Brasil, a Justiça já havia bloqueado alguns bens do casal, como um haras na região de Atibaia (SP). Apesar de o casal possuir uma fortuna estimada em R$ 19 milhões, como uma mansão na Flórida, a igreja acumula dívidas de R$ 12 milhões --como os aluguéis dos vários templos da Renascer.
Para os promotores do Gaeco, a prisão deles com o dinheiro não declarado nos EUA confirma as práticas cometidas no Brasil.
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