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11/01/2007
-
10h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Enfraquecido após a formalização do apoio do PMDB ao petista Arlindo Chinaglia (SP), o atual presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou ontem seus adversários de tentar "ganhar a eleição por W.O. [ausência de oponente]" e voltou a assegurar que não desistirá da disputa.
"Eu soube que alguns líderes da candidatura do meu adversário tomaram uma iniciativa no sentido de pressionar pela desistência da minha candidatura. Eu creio que esse movimento indica que meus adversários desejam ganhar uma partida por W.O., ou seja, não querem um adversário em campo, querem a volta olímpica sem jogo", afirmou.
Aldo conta com as "traições" propiciadas pelo voto secreto em plenário para derrubar o aparente favoritismo do petista, que tem ao seu lado, ao menos institucionalmente, os dois maiores partidos da Casa --PT e PMDB-- e a perspectiva de que os apoios entre aliados se multipliquem. A avaliação do grupo pró-Aldo é que há um forte sentimento antipetista na Casa, o que poderia favorecer o comunista no voto secreto.
"Haverá, sim, um concorrente em campo. No dia 1º [de fevereiro], a eleição será disputada no plenário", disse Aldo.
Ele também deixou claro não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitaria um apelo para tirá-lo da disputa. "O Lula me conhece há muito tempo e não aceitará qualquer tipo de proposta que tire da eleição da Câmara o caráter democrático que ela deve ter", afirmou. Para Aldo, o apoio do PMDB ao PT foi apenas um "arremesso manual" em um jogo que nem sequer começou.
Nos bastidores, o grupo pró-Aldo já admite que sua candidatura sofreu um duro revés. Anteontem à noite, os aliados mais fiéis começaram a fazer um mapeamento dos 513 deputados. As tarefas foram divididas por Estado e o trabalho deve estar concluído até segunda.
A avaliação do grupo é que, além do PSDB, uma parcela importante do PMDB ainda pode ser convencida a apoiá-lo. "Eles cometeram um erro estratégico ao aceitar votos por fax. O teto do Arlindo no PMDB é 50 votos. Se ele tivesse mais, os que o apóiam teriam votado via fax", afirmou o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos articuladores da candidatura de Aldo.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), chamou de "declarações eleitorais legítimas" as palavras de Aldo. Ontem, ele se reuniu com o presidente do PC do B, Renato Rabelo, e afirmou que o partido não fará nenhum gesto para constranger a candidatura de Aldo. "Evidentemente, o ideal seria ter uma candidatura única. Mas, na política, não dá para trabalhar só com ideais", disse. Para Rabelo, "as duas candidaturas são uma imposição da realidade".
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Enfraquecido após a formalização do apoio do PMDB ao petista Arlindo Chinaglia (SP), o atual presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acusou ontem seus adversários de tentar "ganhar a eleição por W.O. [ausência de oponente]" e voltou a assegurar que não desistirá da disputa.
"Eu soube que alguns líderes da candidatura do meu adversário tomaram uma iniciativa no sentido de pressionar pela desistência da minha candidatura. Eu creio que esse movimento indica que meus adversários desejam ganhar uma partida por W.O., ou seja, não querem um adversário em campo, querem a volta olímpica sem jogo", afirmou.
Aldo conta com as "traições" propiciadas pelo voto secreto em plenário para derrubar o aparente favoritismo do petista, que tem ao seu lado, ao menos institucionalmente, os dois maiores partidos da Casa --PT e PMDB-- e a perspectiva de que os apoios entre aliados se multipliquem. A avaliação do grupo pró-Aldo é que há um forte sentimento antipetista na Casa, o que poderia favorecer o comunista no voto secreto.
"Haverá, sim, um concorrente em campo. No dia 1º [de fevereiro], a eleição será disputada no plenário", disse Aldo.
Ele também deixou claro não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitaria um apelo para tirá-lo da disputa. "O Lula me conhece há muito tempo e não aceitará qualquer tipo de proposta que tire da eleição da Câmara o caráter democrático que ela deve ter", afirmou. Para Aldo, o apoio do PMDB ao PT foi apenas um "arremesso manual" em um jogo que nem sequer começou.
Nos bastidores, o grupo pró-Aldo já admite que sua candidatura sofreu um duro revés. Anteontem à noite, os aliados mais fiéis começaram a fazer um mapeamento dos 513 deputados. As tarefas foram divididas por Estado e o trabalho deve estar concluído até segunda.
A avaliação do grupo é que, além do PSDB, uma parcela importante do PMDB ainda pode ser convencida a apoiá-lo. "Eles cometeram um erro estratégico ao aceitar votos por fax. O teto do Arlindo no PMDB é 50 votos. Se ele tivesse mais, os que o apóiam teriam votado via fax", afirmou o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos articuladores da candidatura de Aldo.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), chamou de "declarações eleitorais legítimas" as palavras de Aldo. Ontem, ele se reuniu com o presidente do PC do B, Renato Rabelo, e afirmou que o partido não fará nenhum gesto para constranger a candidatura de Aldo. "Evidentemente, o ideal seria ter uma candidatura única. Mas, na política, não dá para trabalhar só com ideais", disse. Para Rabelo, "as duas candidaturas são uma imposição da realidade".
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