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11/01/2007
-
12h52
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que a eleição para a presidência da Câmara "parou o país". Segundo ele, o governo deixou de fazer a reforma ministerial porque condicionou a mudança de ministros à disputa no Congresso.
O candidato derrotado à Presidência da República pelo PSDB também fez reparos à oposição, sugerindo que precisa ser mais contundente nas críticas ao governo. "O governo vai mal e a oposição também", admitiu o político tucano.
"Nós temos um governo que começa mal. Primeiro, porque condiciona a formação de um novo governo à eleição da Mesa [Diretora da Câmara]. Segundo, [porque] não tem projeto. As reformas que o país precisa não estão colocadas na mesa para debate", afirmou o ex-governador, após fazer palestra na Faculdade de Medicina da USP, na cidade de São Paulo.
Segundo o tucano, o começo do segundo mandato era "desanimador" e criticou a suspensão do processo de concessão à iniciativa privada de sete trechos de rodovias. "O governo mandou um recado para o setor privado: não vou investir [em infra-estrutura]", disse ele.
O tucano, que foi cotado para a presidência da legenda, também criticou a oposição, repetindo o que ex-presidente da República e líder tucano Fernando Henrique Cardoso tem manifestado sobre a necessidade de uma "oposição firme", que cobre, proponha alternativas e seja audaciosa.
Serra
Alckmin ficou constrangido quando foi questionado sobre as primeiras medidas do seu colega de partido e novo governador de São Paulo, José Serra, que determinou a revisão dos contratos do serviço público e o recadastramento dos funcionários. Essa medida visa descobrir a existência de "fantasmas" no quadro de servidores e teria irritado o ex-governador, ainda na cerimônia de posse.
"Não existe isso. Você poderia ter 'fantasmas' é no caso de [servidor] inativo ou pensionista. Isso já é recadastrado. É rotina e é feito todo ano", afirmou.
Serra também decidiu segurar 100% dos investimentos previstos para janeiro, num montante de R$ 315 milhões.
"O ajuste fiscal nunca é uma obra acabada. Você sempre pode avançar mais. Essas medidas são medidas muito boas", comentou Alckmin.
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Alckmin diz que eleição para presidência da Câmara parou o país
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O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que a eleição para a presidência da Câmara "parou o país". Segundo ele, o governo deixou de fazer a reforma ministerial porque condicionou a mudança de ministros à disputa no Congresso.
O candidato derrotado à Presidência da República pelo PSDB também fez reparos à oposição, sugerindo que precisa ser mais contundente nas críticas ao governo. "O governo vai mal e a oposição também", admitiu o político tucano.
"Nós temos um governo que começa mal. Primeiro, porque condiciona a formação de um novo governo à eleição da Mesa [Diretora da Câmara]. Segundo, [porque] não tem projeto. As reformas que o país precisa não estão colocadas na mesa para debate", afirmou o ex-governador, após fazer palestra na Faculdade de Medicina da USP, na cidade de São Paulo.
Segundo o tucano, o começo do segundo mandato era "desanimador" e criticou a suspensão do processo de concessão à iniciativa privada de sete trechos de rodovias. "O governo mandou um recado para o setor privado: não vou investir [em infra-estrutura]", disse ele.
O tucano, que foi cotado para a presidência da legenda, também criticou a oposição, repetindo o que ex-presidente da República e líder tucano Fernando Henrique Cardoso tem manifestado sobre a necessidade de uma "oposição firme", que cobre, proponha alternativas e seja audaciosa.
Serra
Alckmin ficou constrangido quando foi questionado sobre as primeiras medidas do seu colega de partido e novo governador de São Paulo, José Serra, que determinou a revisão dos contratos do serviço público e o recadastramento dos funcionários. Essa medida visa descobrir a existência de "fantasmas" no quadro de servidores e teria irritado o ex-governador, ainda na cerimônia de posse.
"Não existe isso. Você poderia ter 'fantasmas' é no caso de [servidor] inativo ou pensionista. Isso já é recadastrado. É rotina e é feito todo ano", afirmou.
Serra também decidiu segurar 100% dos investimentos previstos para janeiro, num montante de R$ 315 milhões.
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