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15/01/2007
-
09h11
VALDO CRUZ
FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O "Grupo dos 30" e o PFL apostam no lançamento de um terceiro nome para forçar um segundo turno na eleição para presidente da Câmara e reverter o favoritismo de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa com Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Amanhã, os deputados independentes ligados ao "Grupo dos 30" pretendem escolher o nome desse terceiro candidato. O favorito hoje é o tucano Gustavo Fruet (PR).
A estratégia da terceira via, que conta com a simpatia do PFL, é forçar o segundo turno para tentar eleger Aldo e derrotar Chinaglia, batizado pelos independentes de candidato do ex-ministro José Dirceu.
Neste final de semana, o grupo independente começou a ganhar a adesão de tucanos descontentes com o anúncio de que o PSDB iria apoiar a candidatura de Chinaglia.
Alguns desses deputados, como Paulo Renato Souza e José Aníbal, podem participar da reunião da terceira via de amanhã. Eles estimam que entre 15 e 20 tucanos devem formar uma dissidência caso o partido insista no apoio ao petista.
Gustavo Fruet aceita analisar a possibilidade de sair candidato, desde que não seja no papel de anticandidato nem numa atitude de confronto com seu partido. "Uma terceira candidatura pode ser importante, principalmente para tentar montar uma pauta que discuta a recuperação da imagem da Câmara", afirmou.
A estratégia também foi acertada com o próprio Aldo, que está acompanhando as articulações. Aliados do presidente da Câmara avaliam que esse pacto ficou implícito desde que Chinaglia tentou desqualificar uma terceira candidatura.
O PFL preferia que a terceira via apoiasse desde já Aldo Rebelo, mas avalia que um terceiro nome pode ajudar o atual presidente da Câmara. "O Aldo pode se aproximar desse grupo e conquistá-lo no segundo turno", disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
O pefelista ainda aposta numa mudança no posicionamento oficial dos tucanos em relação à disputa pelo comando da Câmara. "O PSDB, que tem a ambição de eleger o próximo presidente do país, não pode fazer acordos em troca de migalhas do governo."
Antes de Fruet, o chamado "Grupo dos 30" tentou legitimar sua candidatura lançando um deputado do PT ou do PMDB. Foram sondados José Eduardo Cardozo (PT-SP), Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Michel Temer (PMDB-SP), mas nenhum deles aceitou a empreitada.
O nome de Fruet surgiu principalmente devido ao destaque que teve na CPI dos Correios, da qual foi subrelator de movimentação financeira.
"Fruet é um bom nome, está perfeitamente enquadrado nos pressupostos defendidos por nosso grupo", disse a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), também cotadas para ser candidata pelo grupo.
O PSOL, que terá três deputados na próxima legislatura, é voz dissonante no grupo. O partido não concorda em apoiar Aldo no segundo turno nem com Fruet como candidato. "Não apoiamos nenhuma figura que tenha vinculação com o governo e que tenha sido conivente com o aumento salarial dos deputados [de 91%]", afirmou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
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"Grupo dos 30" sela aliança com Aldo contra Chinaglia
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FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O "Grupo dos 30" e o PFL apostam no lançamento de um terceiro nome para forçar um segundo turno na eleição para presidente da Câmara e reverter o favoritismo de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na disputa com Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Amanhã, os deputados independentes ligados ao "Grupo dos 30" pretendem escolher o nome desse terceiro candidato. O favorito hoje é o tucano Gustavo Fruet (PR).
A estratégia da terceira via, que conta com a simpatia do PFL, é forçar o segundo turno para tentar eleger Aldo e derrotar Chinaglia, batizado pelos independentes de candidato do ex-ministro José Dirceu.
Neste final de semana, o grupo independente começou a ganhar a adesão de tucanos descontentes com o anúncio de que o PSDB iria apoiar a candidatura de Chinaglia.
Alguns desses deputados, como Paulo Renato Souza e José Aníbal, podem participar da reunião da terceira via de amanhã. Eles estimam que entre 15 e 20 tucanos devem formar uma dissidência caso o partido insista no apoio ao petista.
Gustavo Fruet aceita analisar a possibilidade de sair candidato, desde que não seja no papel de anticandidato nem numa atitude de confronto com seu partido. "Uma terceira candidatura pode ser importante, principalmente para tentar montar uma pauta que discuta a recuperação da imagem da Câmara", afirmou.
A estratégia também foi acertada com o próprio Aldo, que está acompanhando as articulações. Aliados do presidente da Câmara avaliam que esse pacto ficou implícito desde que Chinaglia tentou desqualificar uma terceira candidatura.
O PFL preferia que a terceira via apoiasse desde já Aldo Rebelo, mas avalia que um terceiro nome pode ajudar o atual presidente da Câmara. "O Aldo pode se aproximar desse grupo e conquistá-lo no segundo turno", disse o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA).
O pefelista ainda aposta numa mudança no posicionamento oficial dos tucanos em relação à disputa pelo comando da Câmara. "O PSDB, que tem a ambição de eleger o próximo presidente do país, não pode fazer acordos em troca de migalhas do governo."
Antes de Fruet, o chamado "Grupo dos 30" tentou legitimar sua candidatura lançando um deputado do PT ou do PMDB. Foram sondados José Eduardo Cardozo (PT-SP), Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Michel Temer (PMDB-SP), mas nenhum deles aceitou a empreitada.
O nome de Fruet surgiu principalmente devido ao destaque que teve na CPI dos Correios, da qual foi subrelator de movimentação financeira.
"Fruet é um bom nome, está perfeitamente enquadrado nos pressupostos defendidos por nosso grupo", disse a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), também cotadas para ser candidata pelo grupo.
O PSOL, que terá três deputados na próxima legislatura, é voz dissonante no grupo. O partido não concorda em apoiar Aldo no segundo turno nem com Fruet como candidato. "Não apoiamos nenhuma figura que tenha vinculação com o governo e que tenha sido conivente com o aumento salarial dos deputados [de 91%]", afirmou a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
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