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17/01/2007
-
08h17
CRISTIANO MACHADO
Colaboração para a Agência Folha
Proibido pela direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de atuar em nome da sigla, José Rainha Jr., 46, se uniu a sindicatos de trabalhadores rurais ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) para atuar fora do Pontal do Paranapanema (oeste de SP).
A primeira ação dessa articulação foi a invasão da fazenda Cobra, em Dracena (647 km a oeste de SP), na manhã desta terça-feira.
Recrutadas desde o final do ano passado por pessoas de confiança do líder dos sem-terra, aproximadamente 40 famílias de bóias-frias e cortadores de cana desempregados, além de antigos dissidentes do MST, entraram na propriedade por volta das 7h com dois caminhões, um ônibus e alguns carros de passeio.
A bandeira do MST foi usada na invasão, mas a coordenação oficial do movimento no Pontal não reconhece a atividade.
Esta foi a quinta invasão de propriedade rural no governo José Serra (PSDB) --a quarta organizada pelo grupo ligado a Rainha e a primeira fora do Pontal, foco do conflito agrário de São Paulo.
Rainha novamente não participou da ação. Porém, afirmou à Folha que "a parceria vai fortalecer a luta no campo" e o "combate ao Estado burguês".
"A luta não pode ficar restrita apenas ao Pontal, tem que ser ampliada. Essa parte do Estado vai ser um palco de luta e mobilização pela reforma agrária, fortalecimento da agricultura familiar e melhoria da condição de vida dos trabalhadores do campo", disse.
Segundo ele, as invasões são algumas "formas de luta" previstas. "Se encontrarmos outra forma vamos optar por ela. Mas só será ocupada área improdutiva. Quem é produtivo pode ficar tranqüilo. Já quem não é [produtivo]...", afirmou.
Um dos fundadores do MST no Pontal, Rainha, apesar da punição, hoje tem domínio sobre dez dos 12 acampamentos que o movimento possui no Pontal. Além disso, a maioria das 6.000 famílias assentadas na região tem ligação com ele ou com sua federação criada em 2005.
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Colaboração para a Agência Folha
Proibido pela direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de atuar em nome da sigla, José Rainha Jr., 46, se uniu a sindicatos de trabalhadores rurais ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) para atuar fora do Pontal do Paranapanema (oeste de SP).
A primeira ação dessa articulação foi a invasão da fazenda Cobra, em Dracena (647 km a oeste de SP), na manhã desta terça-feira.
Recrutadas desde o final do ano passado por pessoas de confiança do líder dos sem-terra, aproximadamente 40 famílias de bóias-frias e cortadores de cana desempregados, além de antigos dissidentes do MST, entraram na propriedade por volta das 7h com dois caminhões, um ônibus e alguns carros de passeio.
A bandeira do MST foi usada na invasão, mas a coordenação oficial do movimento no Pontal não reconhece a atividade.
Esta foi a quinta invasão de propriedade rural no governo José Serra (PSDB) --a quarta organizada pelo grupo ligado a Rainha e a primeira fora do Pontal, foco do conflito agrário de São Paulo.
Rainha novamente não participou da ação. Porém, afirmou à Folha que "a parceria vai fortalecer a luta no campo" e o "combate ao Estado burguês".
"A luta não pode ficar restrita apenas ao Pontal, tem que ser ampliada. Essa parte do Estado vai ser um palco de luta e mobilização pela reforma agrária, fortalecimento da agricultura familiar e melhoria da condição de vida dos trabalhadores do campo", disse.
Segundo ele, as invasões são algumas "formas de luta" previstas. "Se encontrarmos outra forma vamos optar por ela. Mas só será ocupada área improdutiva. Quem é produtivo pode ficar tranqüilo. Já quem não é [produtivo]...", afirmou.
Um dos fundadores do MST no Pontal, Rainha, apesar da punição, hoje tem domínio sobre dez dos 12 acampamentos que o movimento possui no Pontal. Além disso, a maioria das 6.000 famílias assentadas na região tem ligação com ele ou com sua federação criada em 2005.
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