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18/01/2007
-
09h33
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A novela da reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer neste início de segundo mandato ganhou mais um ingrediente ontem, com uma declaração do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, de que o governo vai avaliar a posição dos aliados em relação ao novo pacote de investimentos para só então definir os cargos.
Segundo Tarso, Lula vai "acompanhar com muita atenção os resultados do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]" para analisar a reforma ministerial.
"[Lula quer] que acompanhemos com muita atenção os resultados do PAC, o impacto que o PAC terá na estrutura partidária, na coalizão, para que a partir do dia 1º ele comece a fazer as modificações no ministério", disse o ministro.
Muitas das medidas do novo pacote só terão efeito se forem aprovadas pelo Congresso.
A reforma ministerial se arrasta desde a vitória de Lula no segundo turno da eleição. Antes do PAC, a reforma já fora atrasada à espera da definição da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
"O governo entende que essa divisão eventual da sua base na Câmara é meramente conjuntural. O que vai dar solidez, unificar, são as medidas que serão apresentadas na segunda-feira. É a essência da coalizão. Se o PAC não conseguir soldar a base do governo, isso sim pode nos preocupar", explicou.
Mesmo assim, o ministro nega que a adesão ao PAC será levada em conta para a formação do novo ministério. Questionado se o governo iria ver quem vota a favor das medidas, para então premiar com cargos nos ministérios, respondeu: "Essa é uma conclusão de má-fé".
Reunião
O governo vai aproveitar a expectativa gerada em torno do novo pacote de crescimento para realizar a primeira reunião do segundo mandato entre o presidente e os governadores.
O encontro será na próxima segunda-feira, e já há de 18 a 20 nomes confirmados, segundo Tarso. O principal objetivo da reunião é definir uma lista de prioridades sobre as reformas política e tributária, para um encontro mais aprofundado no mês seguinte, em fevereiro.
O dia escolhido foi estratégico. Segunda-feira é o mesmo dia em que o governo federal vai anunciar o PAC. Tarso afirma que os governadores que comparecerem serão informados das medidas, mas que os principais assuntos serão as reformas tributária e política.
"É para informar os governadores do sentido do PAC, mas sobretudo para conversar com eles sobre uma agenda de discussões sobre a reforma tributária e a política, que vai ocorrer em fevereiro", afirmou.
Governadores de oposição, como José Serra (PSDB-SP), ainda não tinham confirmado presença até ontem. Mas a presença ou não nesse encontro não afeta a participação na reunião de fevereiro.
"A ausência nessa reunião não vai prejudicar o preparo desse outro encontro marcado para fevereiro, e os governadores que não comparecerem vão ser consultados também sobre a pauta", disse o ministro.
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A novela da reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer neste início de segundo mandato ganhou mais um ingrediente ontem, com uma declaração do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, de que o governo vai avaliar a posição dos aliados em relação ao novo pacote de investimentos para só então definir os cargos.
Segundo Tarso, Lula vai "acompanhar com muita atenção os resultados do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]" para analisar a reforma ministerial.
"[Lula quer] que acompanhemos com muita atenção os resultados do PAC, o impacto que o PAC terá na estrutura partidária, na coalizão, para que a partir do dia 1º ele comece a fazer as modificações no ministério", disse o ministro.
Muitas das medidas do novo pacote só terão efeito se forem aprovadas pelo Congresso.
A reforma ministerial se arrasta desde a vitória de Lula no segundo turno da eleição. Antes do PAC, a reforma já fora atrasada à espera da definição da disputa pela presidência da Câmara dos Deputados.
"O governo entende que essa divisão eventual da sua base na Câmara é meramente conjuntural. O que vai dar solidez, unificar, são as medidas que serão apresentadas na segunda-feira. É a essência da coalizão. Se o PAC não conseguir soldar a base do governo, isso sim pode nos preocupar", explicou.
Mesmo assim, o ministro nega que a adesão ao PAC será levada em conta para a formação do novo ministério. Questionado se o governo iria ver quem vota a favor das medidas, para então premiar com cargos nos ministérios, respondeu: "Essa é uma conclusão de má-fé".
Reunião
O governo vai aproveitar a expectativa gerada em torno do novo pacote de crescimento para realizar a primeira reunião do segundo mandato entre o presidente e os governadores.
O encontro será na próxima segunda-feira, e já há de 18 a 20 nomes confirmados, segundo Tarso. O principal objetivo da reunião é definir uma lista de prioridades sobre as reformas política e tributária, para um encontro mais aprofundado no mês seguinte, em fevereiro.
O dia escolhido foi estratégico. Segunda-feira é o mesmo dia em que o governo federal vai anunciar o PAC. Tarso afirma que os governadores que comparecerem serão informados das medidas, mas que os principais assuntos serão as reformas tributária e política.
"É para informar os governadores do sentido do PAC, mas sobretudo para conversar com eles sobre uma agenda de discussões sobre a reforma tributária e a política, que vai ocorrer em fevereiro", afirmou.
Governadores de oposição, como José Serra (PSDB-SP), ainda não tinham confirmado presença até ontem. Mas a presença ou não nesse encontro não afeta a participação na reunião de fevereiro.
"A ausência nessa reunião não vai prejudicar o preparo desse outro encontro marcado para fevereiro, e os governadores que não comparecerem vão ser consultados também sobre a pauta", disse o ministro.
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