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12/10/2000 - 19h02

Padres espalham folhetos e andam de motocicleta

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RANIER BRAGON
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha

Folhetos pedindo paz foram atirados de helicóptero hoje pela manhã em uma das maiores favelas de Belo Horizonte, a Morro do Papagaio, na zona sul da cidade.

A iniciativa foi do pároco da igreja da região, padre Mauro Luiz da Silva, e fez parte da programação das celebrações de Nossa Senhora Aparecida. Na cidade ainda teve queima de fogos de artifício, missa, shows de música, teatro e uma caminhada pela paz.

No folheto, o padre pedia ao morador que procurasse contribuir para a paz na região e o convocava para os eventos da programação. Segundo Silva, "a favela está dividida entre três gangues de traficantes, que estão em constante disputa para defender seu território de compra e venda de drogas".

Ainda de acordo com ele, "as crianças crescem convivendo com metralhadoras, revólveres, coletes à prova de bala e policiais por todo lado".

Silva afirmou que queria, com as atividades de hoje, chamar a atenção da cidade para a realidade do Morro do Papagaio. "Aqui não tem só violência, tem também cultura, fé e arte. É preciso criar um novo olhar sobre a vila, estamos cansados de viver marginalizados", concluiu.

No feriado da Padroeira do Brasil, diversas celebrações ocorreram em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital mineira. A maior aconteceu na Praça da Cemig, em Contagem, onde milhares de pessoas assistiram a uma missa rezada por 27 padres. O evento ocorre há 16 anos.

Porto Alegre

A procissão de Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil e dos motoqueiros, reuniu hoje, em Porto Alegre, quase 5.000 pessoas que desfilarem em suas motos percorrendo a cidade de norte a sul. A procissão foi comandada pelo padre João Peters, que dirigia sua Vespa.

No começo, pela manhã, a procissão tinha 2.000 motos. Ela saiu da ''rótula do Papa'' (o local onde o Papa João Paulo II rezou quando esteve em Porto Alegre, na sua primeira visita ao Brasil) e, aos poucos, ganhou adesões.

Da ''rótula do Papa'', próxima ao Estádio Olímpico, a procissão seguiu até o centro da cidade, foi para a zona norte e, depois, para a zona sul, onde se encerrou em frente ao santuário de Nossa Senhora de Aparecida.

Durante o trajeto, houve pessoas que jogaram pétalas de rosas nos participantes da procissão. Outras se ajoelhavam.

''O bom é que juntamos fiéis de todas as idades. Nas motos, tínhamos desde crianças na carona até motoqueiros antigos'', disse o padre João.

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