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19/01/2007
-
10h11
FERNANDO RODRIGUES
LETÍCIA SANDER
SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os candidatos a presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) firmaram ontem pacto de não-agressão. O tucano esteve no gabinete do comunista, com quem acertou que nenhum dos dois vai avançar no eleitorado do outro. Também ficou acordado que um apoiará o outro caso haja segundo turno. A eleição será no dia 1º de fevereiro.
A idéia é que tanto Aldo como Fruet tentem avançar no campo do principal rival, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). De outra forma, não conseguiriam levar a disputa para o segundo turno. Quatro partidos são alvos: PMDB, PP, PR (ex-PL e ex-Prona) e PTB.
Segundo Luciano Castro (RR), líder do PR e um dos comandantes do campo arlindista, a estratégia "não fez nenhuma diferença". "[Fruet] terá de 50 a 60 votos. O Aldo, uns 150. E o Arlindo continua com seus 270. Ao estimular essa história, o Aldo ajudou a unir ainda mais a base em torno do Arlindo e ainda diminuiu o seu próprio patrimônio, pois teria até alguns votos do PSDB."
A primeira providência da campanha de Fruet foi acionar tucanos ilustres para buscar votos de Chinaglia. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, ficou encarregado de falar com o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que está ao lado do PT atualmente. Barros foi líder de FHC no Congresso e será convidado a colaborar na campanha tucana.
Diante do pacto entre Aldo e Fruet, políticos do PFL na Câmara reafirmaram ontem o apoio da legenda a Aldo Rebelo.
A cúpula pefelista trabalhou para conter os rumores de que a legenda "racharia" com a entrada de Fruet na disputa. "O PFL continua com Aldo", disse o líder da bancada na Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Ontem, ele se reuniu com o presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que teria endossado as articulações. Ao lado do PC do B e do PSB, o PFL foi uma das primeiras siglas a se engajar na candidatura de Aldo.
Debate
Os três candidatos à presidência da Câmara se encontraram ontem em evento de posse de Aroldo Cedraz como ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e combinaram participar de debate, na próxima semana, com transmissão pela TV Câmara. A sugestão foi feita por Aldo. Ainda não foi marcada a data do debate.
Enquanto avançavam as articulações nos bastidores, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) definiu ontem como "moeda falsa" o suposto oferecimento de cargos ou liberação de recursos para emendas parlamentares em troca de apoio a Chinaglia.
"Dizer que o governo está negociando cargos é jogo de disputa parlamentar. Seria um perfeito ingênuo quem acreditar que um ministro pode oferecer um ministério ou cargos (em troca de apoio). Se alguém oferecer cargos, é desonesto. É moeda falsa."
Segundo Tarso Genro, Aldo Rebelo, o PT e o PSB "já sabem disso". Ao ser indagado se a candidatura do tucano Gustavo Fruet causa "instabilidade" para o governo, ele disse que nenhuma das três candidaturas atuais "geram instabilidade".
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LETÍCIA SANDER
SILVIO NAVARRO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Os candidatos a presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) firmaram ontem pacto de não-agressão. O tucano esteve no gabinete do comunista, com quem acertou que nenhum dos dois vai avançar no eleitorado do outro. Também ficou acordado que um apoiará o outro caso haja segundo turno. A eleição será no dia 1º de fevereiro.
A idéia é que tanto Aldo como Fruet tentem avançar no campo do principal rival, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). De outra forma, não conseguiriam levar a disputa para o segundo turno. Quatro partidos são alvos: PMDB, PP, PR (ex-PL e ex-Prona) e PTB.
Segundo Luciano Castro (RR), líder do PR e um dos comandantes do campo arlindista, a estratégia "não fez nenhuma diferença". "[Fruet] terá de 50 a 60 votos. O Aldo, uns 150. E o Arlindo continua com seus 270. Ao estimular essa história, o Aldo ajudou a unir ainda mais a base em torno do Arlindo e ainda diminuiu o seu próprio patrimônio, pois teria até alguns votos do PSDB."
A primeira providência da campanha de Fruet foi acionar tucanos ilustres para buscar votos de Chinaglia. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, ficou encarregado de falar com o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que está ao lado do PT atualmente. Barros foi líder de FHC no Congresso e será convidado a colaborar na campanha tucana.
Diante do pacto entre Aldo e Fruet, políticos do PFL na Câmara reafirmaram ontem o apoio da legenda a Aldo Rebelo.
A cúpula pefelista trabalhou para conter os rumores de que a legenda "racharia" com a entrada de Fruet na disputa. "O PFL continua com Aldo", disse o líder da bancada na Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Ontem, ele se reuniu com o presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que teria endossado as articulações. Ao lado do PC do B e do PSB, o PFL foi uma das primeiras siglas a se engajar na candidatura de Aldo.
Debate
Os três candidatos à presidência da Câmara se encontraram ontem em evento de posse de Aroldo Cedraz como ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) e combinaram participar de debate, na próxima semana, com transmissão pela TV Câmara. A sugestão foi feita por Aldo. Ainda não foi marcada a data do debate.
Enquanto avançavam as articulações nos bastidores, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) definiu ontem como "moeda falsa" o suposto oferecimento de cargos ou liberação de recursos para emendas parlamentares em troca de apoio a Chinaglia.
"Dizer que o governo está negociando cargos é jogo de disputa parlamentar. Seria um perfeito ingênuo quem acreditar que um ministro pode oferecer um ministério ou cargos (em troca de apoio). Se alguém oferecer cargos, é desonesto. É moeda falsa."
Segundo Tarso Genro, Aldo Rebelo, o PT e o PSB "já sabem disso". Ao ser indagado se a candidatura do tucano Gustavo Fruet causa "instabilidade" para o governo, ele disse que nenhuma das três candidaturas atuais "geram instabilidade".
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