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25/01/2007 - 17h44

Marcha popular e concertos encerram Fórum Social Mundial

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da Efe, em Nairóbi

Shows de música e marchas populares marcaram hoje o encerramento da sétima edição do Fórum Social Mundial, que reuniu durante seis dias em Nairóbi milhares de ativistas contra a globalização.

Milhares participaram da marcha popular, que partiu do bairro pobre nos subúrbios da capital queniana e desembocou no parque Uhuru, onde aconteceu o ato de encerramento do Fórum.

"Vocês estão fazendo algo muito importante e eu estou orgulhoso de vocês", disse o ex-presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda.

O parque Uhuru se tornou um mar de faixas, em que se liam mensagens como "Protejamos o povo de Darfur", numa referência à guerra civil no Sudão, ou "Zona livre da dívida externa" ou "Pamoja tunaweza", que em 'suali' significa "Juntos podemos".

As ações do queniano Eric Wainaina, ídolo popular por suas canções contra a corrupção, e o grupo Estrella Polisaria, entre outros, foram responsáveis pelo tom festivo da cerimônia.

Entre a multidão, havia rostos de todos os continentes e também maltrapilhos e meninos de rua pedindo esmolas

"Gostei muito porque aprendi muito, me atualizei, fiz intercâmbios com várias pessoas", disse Begoña Vitoriano, representante da organização antiglobalização Attac. Ela, no entanto, também afirmou sentir-se decepcionada com o Fórum: "não percebi união nem objetivos comuns. Vi muita dispersão de idéias e esforços. Tenho a sensação de que os movimentos sociais africanos estão muito 'verdes'. Vi gente com muita ilusão, sem os pés na terra".

Os organizadores ainda não haviam divulgado as cifras totais de participantes do encontro, mas nos primeiros dias registraram 46 mil pessoas, abaixo da expectativa inicial, de 80 mil a 100 mil pessoas.

Centenas de atos, encontros e expressões artísticas foram realizadas nos quatro dias que o Fórum dedicou a debater as propostas baseadas no tema central do evento --"Outro mundo é possível".

Entre as decisões tomadas por algumas das organizações participantes figurou a adoção de um dia de ação contra guerras, previsto para o dia 20 de março. Também se decidiu dedicar uma semana, entre os dias 14 e 21 de outubro, para uma mobilização mundial em favor do cancelamento da dívida dos países menos desenvolvidos.

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