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31/01/2007 - 16h55

PT cede cargos na Mesa Diretora em troca de apoio a Chinaglia

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GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O PT apostou todas as suas fichas na eleição do candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara e aceitou repassar para os partidos aliados vagas na Mesa Diretora da Casa em troca de apoio ao petista. Se não eleger Chinaglia, o PT ficará apenas com uma vaga de suplente na Mesa Diretora. O partido tinha direito a ocupar dois dos onze cargos da Mesa, mas cedeu uma das vagas para o PR.

Para fazer a negociação, o PT decidiu lançar a candidatura de Chinaglia de forma avulsa. Isso significa que ele não será candidato oficial do partido: estará se lançando na disputa individualmente.

Os líderes partidários se reuniram nesta tarde para dividir os cargos na Mesa. O resultado evidenciou os acordos feitos nos bastidores entre os partidos em troca de apoio. O PR, um dos últimos partidos a aderir à candidatura de Chinaglia, ficou com a 2ª vice-presidência --cargo desejado pelo PFL--, a Corregedoria da Câmara, órgão responsável pelas investigações de parlamentares acusados de quebra de decoro.

O PR tinha direito a apenas uma suplência na Mesa se não ingressasse no bloco de apoio a Chinaglia.

Também aliado do PT, o PMDB foi contemplado com as 1ª e a 3ª secretarias da Câmara. A 1ª secretaria é visada pelos partidos porque administra o orçamento da Casa. O PP, que também aderiu ao bloco pró-Chinaglia, será titular da 2ª secretaria da Casa.

O PSDB conseguiu a vaga de titular da 1ª vice-presidência da Câmara. Já o PFL terá o comando da 4ª Secretaria.

Pela divisão, as quatro suplências da Mesa ficarão com o PT, PTB, PDT e PPS.

No total, o megabloco --que reúne oito partidos em torno da candidatura de Chinaglia-- ficará com seis dos 11 cargos da Mesa Diretora. O bloco foi criado nesta manhã para garantir aos oito partidos a maior fatia de poder na Casa.

Blocos

Os partidos decidiram de unir em três blocos parlamentares para aumentar o espaço a que têm direito na Mesa Diretora da Câmara e nas comissões permanentes, como a CCJ (Comissão de Constituição de Justiça). O maior dos blocos é formado por partidos da base governista --PMDB, PT, PP, PR, PTB, PSC, PTC e PT do B-- e reúne 273 deputados.

Esse megabloco apóia a candidatura do petista Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara e garantirá ao Planalto maioria absoluta na Casa. Com esse número de parlamentares, o governo teoricamente não terá problemas para aprovar ou rejeitar projetos de lei, cassações de mandato e requerimentos de urgência.

O segundo maior bloco reúne os maiores partidos de oposição: PSDB, PFL e PPS. Esse bloco reúne 153 parlamentares e está dividido sobre o apoio à candidatura à eleição da Câmara. PSDB e PPS apóiam a candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR). Já o PFL apóia a candidatura à reeleição de Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Por último, está o minibloco formado por PSB, PDT, PC do B, PAN, PMN e PHS, que reúne 70 deputados. Esse bloco apóia a candidatura de Aldo.

O prazo para a formação de blocos parlamentares terminou ao meio-dia, o que provocou uma corrida dos partidos em busca de aliados para garantir cargos na Mesa e a presidência de comissões.

A formação de blocos é uma estratégia dos partidos para ganhar poder na Câmara, uma vez que a escolha dos cargos na Mesa segue o critério da proporcionalidade, de acordo com o tamanho das bancadas ou blocos.

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