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01/02/2007
-
09h32
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Em menos de quatro anos, o advogado Gustavo Fruet, 43, deixou a condição de afilhado político do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), para se transformar no fiador da unidade do PSDB, que caminhava dividido para a disputa pela presidência da Câmara.
Até o final de 2003, Fruet era pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB de Requião, apontado como o futuro sucessor do controverso governador --aliado do presidente Lula.
Ao se lançar na disputa com as bênçãos de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, evitou que o partido apoiasse o petista Arlindo Chinaglia.
A candidatura, tida como "zebra", nasceu da "terceira via", patrocinada inicialmente por parlamentares de oposição a Lula e engajados na "moralização" da Casa, como dizem.
Filho do prefeito de Curitiba e deputado federal por três mandatos Maurício Fruet, morto em 1998, exatos 22 dias antes da eleição daquele ano, Gustavo, então vereador da capital, ocupou a vaga e o espaço político deixado pelo pai. Foi eleito naquele ano para seu primeiro mandato em Brasília.
O deputado, solteiro, é o único dos três filhos de Maurício Fruet que seguiu o caminho do pai. Com a morte do pai, Fruet se aproximou ainda mais de Requião, amigo da família.
Em 2003, no entanto,os dois romperam durante a escolha do candidato a prefeito de Curitiba. Fruet queria a legenda, mas Requião preferiu entregar o partido para o PT de Lula.
Fruet apoiou Beto Richa (PSDB), que acabaria eleito prefeito. Por intermédio do senador Álvaro Dias, do deputado Luiz Carlos Haully e de Richa, Fruet se filiou ao PSDB em fevereiro de 2005 e acabou sendo peça-chave na atuação do partido no escândalo do mensalão.
Antes de assumir uma das sub-relatorias da CPI dos Correios, cargo que o projetou nacionalmente, Fruet, ainda no PMDB, foi presidente da CPI do Proer, o programa de FHC que ajudou os bancos.
O deputado presidiu uma CPI esvaziada e que produziu uma "pizza" ao optar pelo relatório "construtivo" do tucano Alberto Goldman (SP). "O Fruet agiu de maneira tranqüila, mas o controle do PSDB e do governo era muito grande", diz o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
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Em menos de quatro anos, o advogado Gustavo Fruet, 43, deixou a condição de afilhado político do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), para se transformar no fiador da unidade do PSDB, que caminhava dividido para a disputa pela presidência da Câmara.
Até o final de 2003, Fruet era pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB de Requião, apontado como o futuro sucessor do controverso governador --aliado do presidente Lula.
Ao se lançar na disputa com as bênçãos de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, evitou que o partido apoiasse o petista Arlindo Chinaglia.
A candidatura, tida como "zebra", nasceu da "terceira via", patrocinada inicialmente por parlamentares de oposição a Lula e engajados na "moralização" da Casa, como dizem.
Filho do prefeito de Curitiba e deputado federal por três mandatos Maurício Fruet, morto em 1998, exatos 22 dias antes da eleição daquele ano, Gustavo, então vereador da capital, ocupou a vaga e o espaço político deixado pelo pai. Foi eleito naquele ano para seu primeiro mandato em Brasília.
O deputado, solteiro, é o único dos três filhos de Maurício Fruet que seguiu o caminho do pai. Com a morte do pai, Fruet se aproximou ainda mais de Requião, amigo da família.
Em 2003, no entanto,os dois romperam durante a escolha do candidato a prefeito de Curitiba. Fruet queria a legenda, mas Requião preferiu entregar o partido para o PT de Lula.
Fruet apoiou Beto Richa (PSDB), que acabaria eleito prefeito. Por intermédio do senador Álvaro Dias, do deputado Luiz Carlos Haully e de Richa, Fruet se filiou ao PSDB em fevereiro de 2005 e acabou sendo peça-chave na atuação do partido no escândalo do mensalão.
Antes de assumir uma das sub-relatorias da CPI dos Correios, cargo que o projetou nacionalmente, Fruet, ainda no PMDB, foi presidente da CPI do Proer, o programa de FHC que ajudou os bancos.
O deputado presidiu uma CPI esvaziada e que produziu uma "pizza" ao optar pelo relatório "construtivo" do tucano Alberto Goldman (SP). "O Fruet agiu de maneira tranqüila, mas o controle do PSDB e do governo era muito grande", diz o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
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