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01/02/2007
-
10h48
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os dois candidatos à presidência do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Agripino Maia (PFL-RN), demonstraram nesta manhã otimismo com a possibilidade de vitória nas eleições desta quinta-feira. Renan é favorito na disputa, por contar com a base de apoio do governo. Pelos apoios divulgados, Renan teria 45 votos e Agripino 35, além de um voto em branco do PSOL. Esse placar, no entanto, não deve ser mantido na votação secreta em plenário devido às esperadas traições dos dois lados, tanto do governo quanto da oposição.
Agripino reiterou, ao chegar para cerimônia de posse dos novos 27 senadores, que sua candidatura não representa a oposição ao governo federal, mas a promessa de mudança na condução dos trabalhos do Senado.
"Eu não sou alinhado com o Palácio do Planalto, mas não vou entrar em linha de conflito com o Planalto. Eu quero ser o presidente da estabilidade. O que não é bom para a Casa é o alinhamento do Congresso com o Planalto", disse Agripino.
Já Renan afirmou que tem como principal objetivo tornar o parlamento "autônomo e independente". O atual presidente do Senado disse que, durante a campanha, procurou trabalhar com "humildade e perseverança" para evitar erros de estratégia.
"Quero dar continuidade à interlocução do Senado com a sociedade, o Senado nunca deu as costas para a sociedade e tenho exata consciência que é preciso fortalecer cada vez mais o parlamento", afirmou Renan.
Cargos
Os dois candidatos decidiram deixar para depois da votação a distribuição dos cargos da Mesa Diretora da Casa. Na Câmara, ao contrário do Senado, os partidos se uniram em três grandes blocos parlamentares para garantir maior número de cargos na Mesa Diretora.
Mesmo sem a disputa explícita por cargos, alguns parlamentares lutam pelas indicações dentro do partido para ocuparem cargos na Mesa do Senado.
O PMDB e o PFL firmaram acordo para que o partido derrotado na disputa pela presidência da Casa fique, automaticamente, com a 1ª vice-presidência do Senado.
A votação para escolha do novo presidente do Senado será secreta, mas em cédulas de papel. Cada parlamentar vai se dirigir a uma cabine de votação e, após a apuração dos votos, será anunciado o resultado final. Depois disso, os líderes partidários se reúnem para a distribuição dos cargos da Mesa aos partidos.
No total, 27 dos 81 senadores serão empossados nesta manhã. Apenas um terço do Senado será renovado, já que os senadores cumprem mandato de oito anos --e não quatro, como na Câmara, que hoje também empossa os 513 deputados federais.
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da Folha Online, em Brasília
Os dois candidatos à presidência do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Agripino Maia (PFL-RN), demonstraram nesta manhã otimismo com a possibilidade de vitória nas eleições desta quinta-feira. Renan é favorito na disputa, por contar com a base de apoio do governo. Pelos apoios divulgados, Renan teria 45 votos e Agripino 35, além de um voto em branco do PSOL. Esse placar, no entanto, não deve ser mantido na votação secreta em plenário devido às esperadas traições dos dois lados, tanto do governo quanto da oposição.
Agripino reiterou, ao chegar para cerimônia de posse dos novos 27 senadores, que sua candidatura não representa a oposição ao governo federal, mas a promessa de mudança na condução dos trabalhos do Senado.
"Eu não sou alinhado com o Palácio do Planalto, mas não vou entrar em linha de conflito com o Planalto. Eu quero ser o presidente da estabilidade. O que não é bom para a Casa é o alinhamento do Congresso com o Planalto", disse Agripino.
Já Renan afirmou que tem como principal objetivo tornar o parlamento "autônomo e independente". O atual presidente do Senado disse que, durante a campanha, procurou trabalhar com "humildade e perseverança" para evitar erros de estratégia.
"Quero dar continuidade à interlocução do Senado com a sociedade, o Senado nunca deu as costas para a sociedade e tenho exata consciência que é preciso fortalecer cada vez mais o parlamento", afirmou Renan.
Cargos
Os dois candidatos decidiram deixar para depois da votação a distribuição dos cargos da Mesa Diretora da Casa. Na Câmara, ao contrário do Senado, os partidos se uniram em três grandes blocos parlamentares para garantir maior número de cargos na Mesa Diretora.
Mesmo sem a disputa explícita por cargos, alguns parlamentares lutam pelas indicações dentro do partido para ocuparem cargos na Mesa do Senado.
O PMDB e o PFL firmaram acordo para que o partido derrotado na disputa pela presidência da Casa fique, automaticamente, com a 1ª vice-presidência do Senado.
A votação para escolha do novo presidente do Senado será secreta, mas em cédulas de papel. Cada parlamentar vai se dirigir a uma cabine de votação e, após a apuração dos votos, será anunciado o resultado final. Depois disso, os líderes partidários se reúnem para a distribuição dos cargos da Mesa aos partidos.
No total, 27 dos 81 senadores serão empossados nesta manhã. Apenas um terço do Senado será renovado, já que os senadores cumprem mandato de oito anos --e não quatro, como na Câmara, que hoje também empossa os 513 deputados federais.
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