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01/02/2007
-
14h03
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A derrota do senador José Agripino Maia (PFL-RN) para Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição para a presidência do Senado contou com o "fator traição". É que nem todos os senadores do PFL-PSDB --que apoiavam a candidatura de Agripino-- votaram no pefelista.
Agripino recebeu 28 votos. A bancada do PFL tem 17 senadores, e a do PSDB conta com 13. Somadas, as duas bancadas de oposição têm 30 senadores. Isso significa que dois senadores do PSDB ou do PFL podem não ter votado em Agripino.
O senador João Tenório (PSDB-AL) estava liberado para votar em Renam. Do PMDB, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Garibaldi Alves (PMDB-RN) tinham manifestado intenção de votar em Agripino. Não se sabe quem traiu o pefelista, pois o voto é secreto.
Renan recebeu 51 votos. Também foram apurados um voto em branco e um rasgado, que foi anulado.
No discurso que antecedeu a votação, Agripino pediu votos com o argumento de que trabalhará pela independência da Casa Legislativa em relação ao Poder Executivo.
Agripino fez ainda duras críticas ao que chamou de "excesso" de edição de Medidas Provisórias pelo presidente da República e aos vetos presidenciais a matérias aprovadas pelos senadores.
"Estamos há quatro anos tolhidos em nossa iniciativa com o entupimento da pauta com Medidas Provisórias. Cadê a discussão sobre segurança, geração de empregos, retomada do crescimento? Como o Senado não é capaz de fazer essas coisas se fizemos um bom projeto da reforma da previdência?", questionou.
"O Congresso Nacional precisa recuperar sua capacidade de iniciativa. Será possível oferecer ao país o contraponto no debate, o contraditório?", questionou.
Ele também prometeu lutar contra o que chamou de "autoritarismo populista" --numa referência ao Congresso da Venezuela que, recentemente, permitiu ao presidente Hugo Chávez poderes para governar por decreto.
Perfil
Agripino tem boas relações com os senadores de todos os partidos, que o consideram educado e diplomático. Uma das características do pefelista é lembrar o nome de pessoas com quem esteve até mesmo uma única vez.
Formado em engenharia civil, Agripino iniciou sua carreira política como prefeito de Natal em 1979. Ele foi eleito governador do Estado em 1982, na primeira eleição direta após a ditadura militar. O pefelista se elegeu novamente governador em 1990.
O pefelista foi eleito senador pela primeira vez em 1987. Nesse mandato ele presidiu a comissão mista que elaborou o Código de Defesa do Consumidor. Este é seu terceiro mandato no Senado. No ano passado, seu filho Felipe Maia (PFL-RN) foi eleito deputado federal.
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Derrota de Agripino contou com "traições" da bancada de oposição
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da Folha Online, em Brasília
A derrota do senador José Agripino Maia (PFL-RN) para Renan Calheiros (PMDB-AL) na eleição para a presidência do Senado contou com o "fator traição". É que nem todos os senadores do PFL-PSDB --que apoiavam a candidatura de Agripino-- votaram no pefelista.
Agripino recebeu 28 votos. A bancada do PFL tem 17 senadores, e a do PSDB conta com 13. Somadas, as duas bancadas de oposição têm 30 senadores. Isso significa que dois senadores do PSDB ou do PFL podem não ter votado em Agripino.
O senador João Tenório (PSDB-AL) estava liberado para votar em Renam. Do PMDB, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Garibaldi Alves (PMDB-RN) tinham manifestado intenção de votar em Agripino. Não se sabe quem traiu o pefelista, pois o voto é secreto.
Renan recebeu 51 votos. Também foram apurados um voto em branco e um rasgado, que foi anulado.
No discurso que antecedeu a votação, Agripino pediu votos com o argumento de que trabalhará pela independência da Casa Legislativa em relação ao Poder Executivo.
Agripino fez ainda duras críticas ao que chamou de "excesso" de edição de Medidas Provisórias pelo presidente da República e aos vetos presidenciais a matérias aprovadas pelos senadores.
"Estamos há quatro anos tolhidos em nossa iniciativa com o entupimento da pauta com Medidas Provisórias. Cadê a discussão sobre segurança, geração de empregos, retomada do crescimento? Como o Senado não é capaz de fazer essas coisas se fizemos um bom projeto da reforma da previdência?", questionou.
"O Congresso Nacional precisa recuperar sua capacidade de iniciativa. Será possível oferecer ao país o contraponto no debate, o contraditório?", questionou.
Ele também prometeu lutar contra o que chamou de "autoritarismo populista" --numa referência ao Congresso da Venezuela que, recentemente, permitiu ao presidente Hugo Chávez poderes para governar por decreto.
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Agripino tem boas relações com os senadores de todos os partidos, que o consideram educado e diplomático. Uma das características do pefelista é lembrar o nome de pessoas com quem esteve até mesmo uma única vez.
Formado em engenharia civil, Agripino iniciou sua carreira política como prefeito de Natal em 1979. Ele foi eleito governador do Estado em 1982, na primeira eleição direta após a ditadura militar. O pefelista se elegeu novamente governador em 1990.
O pefelista foi eleito senador pela primeira vez em 1987. Nesse mandato ele presidiu a comissão mista que elaborou o Código de Defesa do Consumidor. Este é seu terceiro mandato no Senado. No ano passado, seu filho Felipe Maia (PFL-RN) foi eleito deputado federal.
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