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02/02/2007
-
09h36
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com a vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para ocupar a presidência da Câmara, a liderança do governo na Casa deverá ser ocupada por José Múcio (PTB-PE). Chinaglia já articulou com o Palácio do Planalto, o PMDB e outros partidos a indicação de Múcio para substituí-lo. Falta, porém, uma formalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O grupo de Chinaglia pretende ainda criar quatro comissões especiais na Câmara para tocar as prioridades legislativas de sua campanha. Uma comissão deverá ser aberta para acompanhar as medidas legislativas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Outra será para discutir repartição dos recursos do Fundeb, o fundo da educação básica. Uma terceira será dedicada à a reforma tributária. E uma última teria a função de elaborar a consolidação das leis penais do país, o que poderia permitir espaço para alteração dessa legislação.
Obedecendo uma estratégia de "convivência civilizada" com o PSDB, há possibilidade de que a Ouvidoria da Câmara fique com o tucano Carlos Sampaio (SP), que atuou duro contra o PT nas CPIs que investigaram escândalos do primeiro mandato.
Já o PFL deverá ser alvo de uma operação de partidos da base aliada para atrair quadros. Petistas falam numa saída de 10 a 15 parlamentares da atual bancada pefelista, atualmente com 62 deputados.
A intenção das forças governistas é tentar desidratar o PFL, partido que tem feito oposição num tom mais radical do que o PSDB, e simultaneamente evitar atrair tucanos. O PR, o PTB e o PP deverão ser os destinos de eventuais adesões pefelistas.
Na bancada do PT, está sendo costurado acordo para que Luiz Sérgio (RJ) seja o novo líder do partido, em substituição a Henrique Fontana (RS).
Com a eleição de Chinaglia, ganha força a possibilidade de o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) integrar o primeiro escalão de Lula.
Operação Múcio
A articulação para que Múcio assuma a liderança do governo tem entre os seus objetivos enfraquecer o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que em entrevistas à Folha em junho de 2005, denunciou o esquema do mensalão.
Cassado, Jefferson retornou à presidência do PTB e dificulta uma adesão em peso do partido a Lula. Se fracassar no duelo contra Jefferson, o petebista Múcio poderia migrar para outro partido e continuar como líder.
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Chinaglia costura para Múcio substituí-lo
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com a vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para ocupar a presidência da Câmara, a liderança do governo na Casa deverá ser ocupada por José Múcio (PTB-PE). Chinaglia já articulou com o Palácio do Planalto, o PMDB e outros partidos a indicação de Múcio para substituí-lo. Falta, porém, uma formalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O grupo de Chinaglia pretende ainda criar quatro comissões especiais na Câmara para tocar as prioridades legislativas de sua campanha. Uma comissão deverá ser aberta para acompanhar as medidas legislativas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Outra será para discutir repartição dos recursos do Fundeb, o fundo da educação básica. Uma terceira será dedicada à a reforma tributária. E uma última teria a função de elaborar a consolidação das leis penais do país, o que poderia permitir espaço para alteração dessa legislação.
Obedecendo uma estratégia de "convivência civilizada" com o PSDB, há possibilidade de que a Ouvidoria da Câmara fique com o tucano Carlos Sampaio (SP), que atuou duro contra o PT nas CPIs que investigaram escândalos do primeiro mandato.
Já o PFL deverá ser alvo de uma operação de partidos da base aliada para atrair quadros. Petistas falam numa saída de 10 a 15 parlamentares da atual bancada pefelista, atualmente com 62 deputados.
A intenção das forças governistas é tentar desidratar o PFL, partido que tem feito oposição num tom mais radical do que o PSDB, e simultaneamente evitar atrair tucanos. O PR, o PTB e o PP deverão ser os destinos de eventuais adesões pefelistas.
Na bancada do PT, está sendo costurado acordo para que Luiz Sérgio (RJ) seja o novo líder do partido, em substituição a Henrique Fontana (RS).
Com a eleição de Chinaglia, ganha força a possibilidade de o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) integrar o primeiro escalão de Lula.
Operação Múcio
A articulação para que Múcio assuma a liderança do governo tem entre os seus objetivos enfraquecer o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que em entrevistas à Folha em junho de 2005, denunciou o esquema do mensalão.
Cassado, Jefferson retornou à presidência do PTB e dificulta uma adesão em peso do partido a Lula. Se fracassar no duelo contra Jefferson, o petebista Múcio poderia migrar para outro partido e continuar como líder.
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