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03/02/2007
-
09h01
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ano legislativo começou oficialmente ontem, mas 22 parlamentares já não ocupam mais os partidos pelos quais foram eleitos. Até ontem, 20 deputados e dois senadores já tinham trocado de legenda.
Como houve partidos que receberam e perderam deputados, o saldo geral do troca-troca para as bancadas partidárias na Câmara foi de 13.
Esse número foi muito maior em 2003, quando tomaram posse os deputados eleitos em outubro de 2002. Em 1º de fevereiro de 2003, o saldo do troca-troca partidário equivalia a 37 mudanças nas cadeiras obtidas pelos partidos na eleição.
Há dois motivos para o número ter sido muito menor agora em relação ao de quatro anos atrás. Primeiro, porque o tempo de TV e de rádio para os partidos será calculado com base nas bancadas que saíram das urnas --antes valia o número de deputados do dia da posse.
A outra razão para que o troca-troca não tenha se consumado com maior intensidade foi a regra para distribuição de cargos nas comissões permanentes da Câmara. Agora, também vale a bancada da eleição.
Ou seja, quando um partido recebe muitos deputados, terá de repartir o que já tem entre mais bocas. Só existe vantagem se esse partido receptor de políticos tiver benesses a distribuir dentro da estrutura da administração federal. É com isso que contam as siglas que engordaram desde a eleição, sobretudo o PR (Partido da República), fusão de PL e Prona.
Por causa dessa nova realidade, muitos esperam para consumar suas migrações partidárias depois da reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste mês ou em março. Com os ministros nomeados, deputados poderão oferecer seus passes em troca de poderem indicar aliados para cargos.
No Senado, tradicionalmente o número de trocas partidárias é menor. São políticos há mais tempo na carreira e mais comprometidos com suas legendas e seus grupos de apoiadores nos Estados.
Até agora, só dois senadores trocaram de legenda. Além de Fernando Collor, o senador Expedito Júnior, eleito pelo PPS de Rondônia, deixou a oposição e foi para a base governista: está no PR (fusão de PL e Prona), partido que mais cresceu no Congresso até agora.
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O ano legislativo começou oficialmente ontem, mas 22 parlamentares já não ocupam mais os partidos pelos quais foram eleitos. Até ontem, 20 deputados e dois senadores já tinham trocado de legenda.
Como houve partidos que receberam e perderam deputados, o saldo geral do troca-troca para as bancadas partidárias na Câmara foi de 13.
Esse número foi muito maior em 2003, quando tomaram posse os deputados eleitos em outubro de 2002. Em 1º de fevereiro de 2003, o saldo do troca-troca partidário equivalia a 37 mudanças nas cadeiras obtidas pelos partidos na eleição.
Há dois motivos para o número ter sido muito menor agora em relação ao de quatro anos atrás. Primeiro, porque o tempo de TV e de rádio para os partidos será calculado com base nas bancadas que saíram das urnas --antes valia o número de deputados do dia da posse.
A outra razão para que o troca-troca não tenha se consumado com maior intensidade foi a regra para distribuição de cargos nas comissões permanentes da Câmara. Agora, também vale a bancada da eleição.
Ou seja, quando um partido recebe muitos deputados, terá de repartir o que já tem entre mais bocas. Só existe vantagem se esse partido receptor de políticos tiver benesses a distribuir dentro da estrutura da administração federal. É com isso que contam as siglas que engordaram desde a eleição, sobretudo o PR (Partido da República), fusão de PL e Prona.
Por causa dessa nova realidade, muitos esperam para consumar suas migrações partidárias depois da reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste mês ou em março. Com os ministros nomeados, deputados poderão oferecer seus passes em troca de poderem indicar aliados para cargos.
No Senado, tradicionalmente o número de trocas partidárias é menor. São políticos há mais tempo na carreira e mais comprometidos com suas legendas e seus grupos de apoiadores nos Estados.
Até agora, só dois senadores trocaram de legenda. Além de Fernando Collor, o senador Expedito Júnior, eleito pelo PPS de Rondônia, deixou a oposição e foi para a base governista: está no PR (fusão de PL e Prona), partido que mais cresceu no Congresso até agora.
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