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04/02/2007 - 09h46

Aparecida se torna canteiro de obras para receber o papa

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LEANDRO BEGUOCI
Enviado especial da Folha a Aparecida (SP)

Aparecida, a 167 km de São Paulo, só não está fechada para reformas por causa de seus 36 mil habitantes e dos cerca de 150 mil romeiros que vão ao principal centro de devoção a Nossa Senhora no Brasil todos os finais de semana.

O município está se reinventando para receber o papa Bento 16 e a 5ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em maio. A maior parte das obras vem sendo tocadas pela Igreja Católica com a ajuda da iniciativa privada.

O Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que administra o complexo da basílica, trocou a iluminação da torre da igreja, construiu uma tribuna para que o papa possa celebrar uma missa do lado de fora e revestiu a cúpula da basílica com 230 toneladas de cobre para evitar rachaduras e infiltrações de água.

Esse último item envolve também uma preocupação estética. O cobre passou por um processo de esverdeamento e envelhecimento para parecer antigo, semelhante à cúpula da Catedral da Sé, na capital.

As reformas também incluem o interior da basílica. As paredes, que já contam com TVs que reproduzem a missa, estão sendo revestidas com painéis que retratam a vida de Jesus. A direção espera que o papa inaugure esses painéis.

Nem o valor das obras nem seu ritmo são divulgados. "O santuário investe nas obras de acordo com a arrecadação da Campanha dos Devotos. As obras seguem o ritmo das doações", diz o padre Hélcio Testa, administrador do santuário.

A Campanha dos Devotos começou em 1999 para arrecadar verba para a reforma. O valor também vem de restaurantes e lojas com licença para funcionar na área da basílica e dos anúncios de bancos, como o Bradesco, no terreno da igreja.

Ao menos até agora, não falta dinheiro. Tanto é que o santuário está reformando, com recursos próprios, o posto da Polícia Rodoviária, para melhorar o atendimento aos romeiros.

Arquidiocese

As obras da igreja incluem a reforma do Seminário Bom Jesus, que deve hospedar Bento 16 e seu séquito. Porém, essas obras são independentes do santuário. Isso acontece porque o complexo da basílica é administrado pela congregação dos padres redentoristas, e o seminário, pela arquidiocese.

No caso da hospedaria papal, a reforma deve custar R$ 3 milhões e está sendo executada pela construtora Camargo Corrêa com o apoio de outras empresas privadas, como o Itaú. Essa parceria eclesial-privada aconteceu por meio de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, que aceitou ser elo entre a arquidiocese e as empresas.

O prefeito de Aparecida, José Luiz Rodrigues (PFL), espera gastar R$ 10 milhões com obras para acolher os romeiros. Pretende recapear todo o centro da cidade, trocar a iluminação pública, transformar as ruas do centro em calçadões, criar um reservatório de água, construir uma estrada marginal à via Dutra, erguer um novo portal turístico e colocar placas com informações turísticas.

O problema é que, até agora, ele só começou o calçadão e a avenida e ainda espera a chegada de R$ 1,2 milhão do governo federal para a iluminação. "Estou correndo atrás dos recursos, não importa de onde venham, precisamos correr", diz o prefeito, que lamenta a falta de ajuda dos empresários. "Até agora, ninguém me ajudou. Só Deus e Nossa Senhora."

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