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05/02/2007
-
18h04
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Depois de ajudar a eleger o aliado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara, o deputado cassado José Dirceu (PT-SP) agora trabalha para fazer o líder da bancada do partido na Casa. Dirceu articula nos bastidores pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que já declarou ser a favor da anistia do ex-ministro. A anistia permitirá a Dirceu se candidatar novamente a cargos eletivos.
Luiz Sérgio disputa a vaga de líder da bancada com os deputados Maurício Rands (PE) e Fernando Ferro (PE). Os dois primeiros são afinados com o Palácio do Planalto e pertencem à ala majoritária do partido --mesma corrente que abriga Dirceu.
Ferro é do Movimento PT, que tem nas suas fileiras Arlindo Chinaglia e Maria do Rosário (RS), vice-presidente do partido. O grupo se reuniu na última semana para articular a candidatura de Ferro.
Aliados
A Folha Online apurou que para o grupo de Dirceu será uma derrota se Ferro for o escolhido para comandar a bancada. Justamente por isso, uma eventual opção for por Rands não será considerada um problema para o grupo, embora a preferência seja por Luiz Sérgio pela afinidade que ele tem com o ex-deputado.
Luiz Sérgio admite que é ligado a José Dirceu, mas rejeita o rótulo de que é o candidato do ex-ministro. "Não posso negar que tenho uma relação de amizade com o deputado Dirceu, mas ele não vota e não participa das decisões da bancada", disse.
Segundo Luiz Sérgio, "setores da mídia" tentam dar a Dirceu um poder que ele não tem. "Vão acabar construindo um mito de que tudo o que acontece de articulação na Câmara tem a influência do Dirceu", afirmou.
Sobre o projeto de anistia do ex-ministro, Luiz Sérgio disse que assina porque o debate sempre é importante. Rands também sinalizou que deve apoiar a anistia. "Não adianta jogar a responsabilidade sobre o que ocorreu em uma só pessoa. Foi uma crise política que atingiu os partidos", disse.
Fernando Ferro diverge dos colegas. Para o deputado, Dirceu cometeu erros políticos. Ele admite, no entanto, encampar a proposta caso seja uma decisão do partido. "Antes de se mobilizar a sociedade o assunto deve ser discutido internamente no partido e o momento adequado é o encontro que teremos na semana que vem, em Salvador", disse.
Prazo
A discussão sobre quem assumirá a liderança do PT na Câmara, em substituição ao deputado Henrique Fontana (RS), começa nesta quarta-feira. O PT é o único grande partido que ainda não definiu o novo líder devido a disputa na bancada.
Segundo petistas consultados pela Folha Online, a idéia é tentar um consenso entre os candidatos para evitar a disputa. Deve vencer quem conseguir demonstrar maior articulação com todas as correntes do partido.
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Luiz Sérgio disputa a vaga de líder da bancada com os deputados Maurício Rands (PE) e Fernando Ferro (PE). Os dois primeiros são afinados com o Palácio do Planalto e pertencem à ala majoritária do partido --mesma corrente que abriga Dirceu.
Ferro é do Movimento PT, que tem nas suas fileiras Arlindo Chinaglia e Maria do Rosário (RS), vice-presidente do partido. O grupo se reuniu na última semana para articular a candidatura de Ferro.
Aliados
A Folha Online apurou que para o grupo de Dirceu será uma derrota se Ferro for o escolhido para comandar a bancada. Justamente por isso, uma eventual opção for por Rands não será considerada um problema para o grupo, embora a preferência seja por Luiz Sérgio pela afinidade que ele tem com o ex-deputado.
Luiz Sérgio admite que é ligado a José Dirceu, mas rejeita o rótulo de que é o candidato do ex-ministro. "Não posso negar que tenho uma relação de amizade com o deputado Dirceu, mas ele não vota e não participa das decisões da bancada", disse.
Segundo Luiz Sérgio, "setores da mídia" tentam dar a Dirceu um poder que ele não tem. "Vão acabar construindo um mito de que tudo o que acontece de articulação na Câmara tem a influência do Dirceu", afirmou.
Sobre o projeto de anistia do ex-ministro, Luiz Sérgio disse que assina porque o debate sempre é importante. Rands também sinalizou que deve apoiar a anistia. "Não adianta jogar a responsabilidade sobre o que ocorreu em uma só pessoa. Foi uma crise política que atingiu os partidos", disse.
Fernando Ferro diverge dos colegas. Para o deputado, Dirceu cometeu erros políticos. Ele admite, no entanto, encampar a proposta caso seja uma decisão do partido. "Antes de se mobilizar a sociedade o assunto deve ser discutido internamente no partido e o momento adequado é o encontro que teremos na semana que vem, em Salvador", disse.
Prazo
A discussão sobre quem assumirá a liderança do PT na Câmara, em substituição ao deputado Henrique Fontana (RS), começa nesta quarta-feira. O PT é o único grande partido que ainda não definiu o novo líder devido a disputa na bancada.
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