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08/02/2007
-
10h03
KENNEDY ALENCAR
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interviesse na guerra interna do PT e determinasse ao ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) moderação nas críticas em relação a ele e ao Campo Majoritário, como no documento "Mensagem ao Partido", a ser divulgado na reunião do Diretório Nacional no sábado.
O pedido foi feito ao emissário de Lula que conversou anteontem com Dirceu a respeito de um freio na apresentação de um projeto de anistia no Congresso para o ex-ministro, que teve o mandato de deputado federal cassado em 2005.
Dirceu afirmou que, se Tarso e seus aliados no PT continuassem a atribuir as crises do partido sobretudo a ele e ao Campo Majoritário, tendência mais importante do PT, usando termos como corrupção, haveria revide e sobraria para o governo. Aliados dele fariam o mesmo, o que elevaria o tom da guerra que Lula deseja evitar.
A tese foi suavizada, como pediu Dirceu. A palavra corrupção não consta da versão mais atual. Dirceu argumentou que essa palavra era ofensiva a ele e a outras pessoas ainda com muito poder na legenda.
Um trecho da tese diz: "Nosso partido ainda não superou a crise originária da hegemonia absoluta de um núcleo dirigente que definia as regras partidárias e as respectivas políticas, tomando deliberações prévias sem o correto debate nas instâncias formais".
Dirceu chegou a dizer que não faria movimentação contra a provável indicação de Tarso para a Justiça, em substituição a Márcio Thomaz Bastos. Disse que se queixava de críticas do documento "Mensagem ao Partido". No sábado, o diretório fará o lançamento do 3º Congresso do PT, que ocorre em julho em Brasília, quando esta e outras teses serão debatidas.
Dirceu comparecerá a eventos hoje e amanhã em Salvador em comemoração aos 27 anos do partido. Deverá participar do jantar de amanhã no qual Lula discursará. O presidente pedirá trégua na luta interna e apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Pelo menos cinco teses deverão dominar o debate sobre o futuro do PT: "Mensagem ao Partido", "Um Novo Rumo para o PT", "PT: Construindo um Novo Brasil", "2007 e os Próximos Anos, a Esperança é Vermelha" e "3º Congresso" (nome provisório). Há mais de uma tese assinada por uma mesma tendência do partido.
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ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interviesse na guerra interna do PT e determinasse ao ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) moderação nas críticas em relação a ele e ao Campo Majoritário, como no documento "Mensagem ao Partido", a ser divulgado na reunião do Diretório Nacional no sábado.
O pedido foi feito ao emissário de Lula que conversou anteontem com Dirceu a respeito de um freio na apresentação de um projeto de anistia no Congresso para o ex-ministro, que teve o mandato de deputado federal cassado em 2005.
Dirceu afirmou que, se Tarso e seus aliados no PT continuassem a atribuir as crises do partido sobretudo a ele e ao Campo Majoritário, tendência mais importante do PT, usando termos como corrupção, haveria revide e sobraria para o governo. Aliados dele fariam o mesmo, o que elevaria o tom da guerra que Lula deseja evitar.
A tese foi suavizada, como pediu Dirceu. A palavra corrupção não consta da versão mais atual. Dirceu argumentou que essa palavra era ofensiva a ele e a outras pessoas ainda com muito poder na legenda.
Um trecho da tese diz: "Nosso partido ainda não superou a crise originária da hegemonia absoluta de um núcleo dirigente que definia as regras partidárias e as respectivas políticas, tomando deliberações prévias sem o correto debate nas instâncias formais".
Dirceu chegou a dizer que não faria movimentação contra a provável indicação de Tarso para a Justiça, em substituição a Márcio Thomaz Bastos. Disse que se queixava de críticas do documento "Mensagem ao Partido". No sábado, o diretório fará o lançamento do 3º Congresso do PT, que ocorre em julho em Brasília, quando esta e outras teses serão debatidas.
Dirceu comparecerá a eventos hoje e amanhã em Salvador em comemoração aos 27 anos do partido. Deverá participar do jantar de amanhã no qual Lula discursará. O presidente pedirá trégua na luta interna e apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Pelo menos cinco teses deverão dominar o debate sobre o futuro do PT: "Mensagem ao Partido", "Um Novo Rumo para o PT", "PT: Construindo um Novo Brasil", "2007 e os Próximos Anos, a Esperança é Vermelha" e "3º Congresso" (nome provisório). Há mais de uma tese assinada por uma mesma tendência do partido.
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