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10/02/2007
-
00h26
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso duro nesta sexta-feira durante um jantar comemorativo dos 27 anos de seu partido. O presidente focou nas divergências internas do PT, que vieram à público nos últimos dias.
Em uma fala voltada para "consumo interno" do partido, o presidente repreendeu os petistas por fazerem críticas aos próprios colegas de legenda. "Com 27 anos, está na hora de darmos uma trégua e e dizermos aos companheiros: 'vamos ser companheiros'", disse Lula, em Salvador.
"De vez em quando eu vejo na imprensa que tem disputas no PT. Por que a gente sabe levantar a metralhadora na imprensa e atirarmos nos nossos próprios pés? Parece que nós não gostamos dos próprios pés", afirmou o presidente.
"O PT não pode passar anos e anos discutindo suas pendengas internas. Muitas vezes a nossa prioridade não é o inimigo, é o companheiro", criticou Lula.
O discurso de Lula é uma provável referência à disputa entre grupos de petistas, notadamente entre grupos alinhados com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) e o ex-ministro José Dirceu, ambos ex-presidentes da legenda.
Tarso defende a tese da "reconstrução" do PT, baseado na crise do "mensalão", em 2005, e propõe uma revisão geral de práticas políticas da legenda. A tese, no entanto, não foi encampada pelo partido, principalmente por integrantes do chamado "Campo Majoritário", corrente que domina as principais instâncias de poder do PT.
"A necessidade de reconstruir e assim resgatar princípios e valores no interior do Partido dos Trabalhadores é uma aspiração da nossa base militante. É exigência de uma crise interna, que se tornou pública durante o primeiro Governo Lula", escreveram os petistas, em documento assinado por 215 filiados, entre eles, o próprio ministro Tarso.
"A nosso ver, não há por que refundar, pois as bases constitutivas do nosso partido são sólidas e sua contribuição ao Brasil é bem maior que suas falhas", rebateu o deputado federal Cândido Vaccarezza (SP).
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Lula faz discurso duro contra disputas internas do PT
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso duro nesta sexta-feira durante um jantar comemorativo dos 27 anos de seu partido. O presidente focou nas divergências internas do PT, que vieram à público nos últimos dias.
Em uma fala voltada para "consumo interno" do partido, o presidente repreendeu os petistas por fazerem críticas aos próprios colegas de legenda. "Com 27 anos, está na hora de darmos uma trégua e e dizermos aos companheiros: 'vamos ser companheiros'", disse Lula, em Salvador.
"De vez em quando eu vejo na imprensa que tem disputas no PT. Por que a gente sabe levantar a metralhadora na imprensa e atirarmos nos nossos próprios pés? Parece que nós não gostamos dos próprios pés", afirmou o presidente.
"O PT não pode passar anos e anos discutindo suas pendengas internas. Muitas vezes a nossa prioridade não é o inimigo, é o companheiro", criticou Lula.
O discurso de Lula é uma provável referência à disputa entre grupos de petistas, notadamente entre grupos alinhados com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) e o ex-ministro José Dirceu, ambos ex-presidentes da legenda.
Tarso defende a tese da "reconstrução" do PT, baseado na crise do "mensalão", em 2005, e propõe uma revisão geral de práticas políticas da legenda. A tese, no entanto, não foi encampada pelo partido, principalmente por integrantes do chamado "Campo Majoritário", corrente que domina as principais instâncias de poder do PT.
"A necessidade de reconstruir e assim resgatar princípios e valores no interior do Partido dos Trabalhadores é uma aspiração da nossa base militante. É exigência de uma crise interna, que se tornou pública durante o primeiro Governo Lula", escreveram os petistas, em documento assinado por 215 filiados, entre eles, o próprio ministro Tarso.
"A nosso ver, não há por que refundar, pois as bases constitutivas do nosso partido são sólidas e sua contribuição ao Brasil é bem maior que suas falhas", rebateu o deputado federal Cândido Vaccarezza (SP).
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