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12/02/2007
-
09h46
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A julgar pelos depoimentos à Polícia Federal de parlamentares e assessores acusados de envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro público para compra de ambulâncias superfaturadas (máfia dos sanguessugas), o chefe do grupo, o empresário Luiz Antonio Vedoin, era um benfeitor, e não um criminoso.
Diante dos investigadores, um parlamentar afirmou que os depósitos que recebeu de Vedoin em sua própria conta bancária destinavam-se a financiar obras de caridade, que seriam uma espécie de carro-chefe de seu mandato.
Anteontem, a PF enviou à Justiça uma nova remessa de inquéritos, parte dos quais com a investigação concluída. Até o momento, já foram indiciados 31 dos 84 investigados que tinham mandato parlamentar na época em que se tornou público o escândalo, conhecido como a máfia dos sanguessugas.
Ouvido pelos policiais, um outro parlamentar disse que o dinheiro de Vedoin serviu para custear festas juninas na Paraíba. Mas o político não soube explicar, no entanto, em quais festas nem quando ele usou os recursos obtidos.
Tal qual um mecenas, afirmou um parlamentar, Vedoin teria depositado recursos a seu favor como pagamento por quadros de um "artista plástico famoso". Conforme o depoimento, porém, ele não se lembrava qual o nome do artista nem dos quadros negociados. Vedoin disse à polícia que nunca viu a obra.
Um assessor atribuiu os créditos feitos pelo empresário em sua conta à venda de um barco. O negócio teria sido feito em Brasília. Segundo a Polícia Federal, o bem não existe.
História mais original foi a de um deputado que recebeu R$ 50 mil, obtidos por meio do esquema ilegal, conforme a Polícia Federal. Ouvido pelos policiais, disse que igrejas evangélicas patrocinam uma "caixinha" a "políticos necessitados", da qual ele não seria o único beneficiário. O parlamentar disse ter passado por dificuldades.
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Sanguessugas criam Vedoin "benfeitor"
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A julgar pelos depoimentos à Polícia Federal de parlamentares e assessores acusados de envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro público para compra de ambulâncias superfaturadas (máfia dos sanguessugas), o chefe do grupo, o empresário Luiz Antonio Vedoin, era um benfeitor, e não um criminoso.
Diante dos investigadores, um parlamentar afirmou que os depósitos que recebeu de Vedoin em sua própria conta bancária destinavam-se a financiar obras de caridade, que seriam uma espécie de carro-chefe de seu mandato.
Anteontem, a PF enviou à Justiça uma nova remessa de inquéritos, parte dos quais com a investigação concluída. Até o momento, já foram indiciados 31 dos 84 investigados que tinham mandato parlamentar na época em que se tornou público o escândalo, conhecido como a máfia dos sanguessugas.
Ouvido pelos policiais, um outro parlamentar disse que o dinheiro de Vedoin serviu para custear festas juninas na Paraíba. Mas o político não soube explicar, no entanto, em quais festas nem quando ele usou os recursos obtidos.
Tal qual um mecenas, afirmou um parlamentar, Vedoin teria depositado recursos a seu favor como pagamento por quadros de um "artista plástico famoso". Conforme o depoimento, porém, ele não se lembrava qual o nome do artista nem dos quadros negociados. Vedoin disse à polícia que nunca viu a obra.
Um assessor atribuiu os créditos feitos pelo empresário em sua conta à venda de um barco. O negócio teria sido feito em Brasília. Segundo a Polícia Federal, o bem não existe.
História mais original foi a de um deputado que recebeu R$ 50 mil, obtidos por meio do esquema ilegal, conforme a Polícia Federal. Ouvido pelos policiais, disse que igrejas evangélicas patrocinam uma "caixinha" a "políticos necessitados", da qual ele não seria o único beneficiário. O parlamentar disse ter passado por dificuldades.
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