Publicidade
Publicidade
13/02/2007
-
21h02
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
O coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Pedro Paulo Coutinho, afirmou nesta terça-feira que só depois do Carnaval o órgão deverá começar a distribuir cestas de alimentos, em caráter emergencial, em aldeias indígenas. A medida visa substituir a ação do governo estadual que parou de entregar alimentos aos índios desde o início de janeiro.
"Fechamos acordo com o governo estadual que cuidará da logística [montagem e transporte de cestas], mas a semana é danada por causa do Carnaval. Depois do Carnaval estará engatilhado", disse Coutinho.
No fim de semana, a criança indígena Nandinho Fernandes, de dois anos e um mês, morreu após ser internada com desnutrição grave em Dourados.
Nandinho morava na reserva indígena onde vivem 11 mil índios guaranis e caiuás. Essa área é a mais dependente de cestas de alimentos. Na reserva, o número de crianças com desnutrição severa subiu de 15 para 27 no fim de janeiro, segundo a Funasa.
Crise financeira
Devido à crise financeira, o governador André Puccinelli (PMDB) determinou, ao tomar posse, a suspensão de 20 mil cestas de alimentos. Desse total, 11 mil eram para índios e 9.000, para sem-terra.
Na semana passada, a Funasa retomou, após 20 dias de atraso, a distribuição de 5.900 cestas aos índios. A entrega ocorre mensalmente nas aldeias por meio do programa Fome Zero.
"Não se pode, até o momento, afirmar que o atraso na chegada das cestas tenha ligação direta com [a morte da criança indígena], visto que não foi constatada falta de alimentos para a família [do menino]", informou a direção nacional da Funasa.
A direção nacional da Funasa informou hoje que ainda investiga a causa da morte da criança. A Folha
divulgou ontem, com base na informação do coordenador técnico da Funasa em Dourados, Antônio Costa, que o menino foi internado com desnutrição grave, vômito e diarréia. A causa oficial do óbito, segundo Costa, é insuficiência renal.
Leia mais
Lula confirma a PP que Márcio Fortes fica nas Cidades; partido quer Agricultura
Lula diz a PDT que vai anunciar ministério completo até final do mês
Peres sai da oposição após previsão de espaço no governo para PDT
Pedido de vista adia julgamento no STJ sobre arquivos da guerrilha
PT entrega pedido para instalar CPI do Metrô na Assembléia de São Paulo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a morte de índios por desnutrição
Funasa somente vai distribuir cestas básicas a índios no MS após Carnaval
Publicidade
da Agência Folha, em Campo Grande
O coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Pedro Paulo Coutinho, afirmou nesta terça-feira que só depois do Carnaval o órgão deverá começar a distribuir cestas de alimentos, em caráter emergencial, em aldeias indígenas. A medida visa substituir a ação do governo estadual que parou de entregar alimentos aos índios desde o início de janeiro.
"Fechamos acordo com o governo estadual que cuidará da logística [montagem e transporte de cestas], mas a semana é danada por causa do Carnaval. Depois do Carnaval estará engatilhado", disse Coutinho.
No fim de semana, a criança indígena Nandinho Fernandes, de dois anos e um mês, morreu após ser internada com desnutrição grave em Dourados.
Nandinho morava na reserva indígena onde vivem 11 mil índios guaranis e caiuás. Essa área é a mais dependente de cestas de alimentos. Na reserva, o número de crianças com desnutrição severa subiu de 15 para 27 no fim de janeiro, segundo a Funasa.
Crise financeira
Devido à crise financeira, o governador André Puccinelli (PMDB) determinou, ao tomar posse, a suspensão de 20 mil cestas de alimentos. Desse total, 11 mil eram para índios e 9.000, para sem-terra.
Na semana passada, a Funasa retomou, após 20 dias de atraso, a distribuição de 5.900 cestas aos índios. A entrega ocorre mensalmente nas aldeias por meio do programa Fome Zero.
"Não se pode, até o momento, afirmar que o atraso na chegada das cestas tenha ligação direta com [a morte da criança indígena], visto que não foi constatada falta de alimentos para a família [do menino]", informou a direção nacional da Funasa.
A direção nacional da Funasa informou hoje que ainda investiga a causa da morte da criança. A Folha
divulgou ontem, com base na informação do coordenador técnico da Funasa em Dourados, Antônio Costa, que o menino foi internado com desnutrição grave, vômito e diarréia. A causa oficial do óbito, segundo Costa, é insuficiência renal.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice