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27/02/2007
-
11h21
da Agência Folha
Pelo menos oito governadores nomearam parentes para cargos em suas administrações. A contratação de familiares pelo Executivo não é ilegal, mas enfrenta resistência de opositores e do Ministério Público.
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ainda não nomeou todo o secretariado do segundo mandato, mas a recondução de ao menos oito parentes em postos no Estado é considerada fato consumado.
Os irmãos Maurício Requião e Eduardo Requião devem continuar na Secretaria da Educação e na Superintendência dos portos de Paranaguá e Antonina, respectivamente. A mulher, Maristela de Mello e Silva, é assessora especial por presidir o Museu Oscar Niemeyer.
Requião tem a irmã, um primo, uma cunhada e dois sobrinhos empregados no Estado. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que reapresentará projeto de reforma constitucional para proibir o nepotismo. Requião diz que pauta as nomeações "em critérios de competência e confiança".
Em Minas, a irmã do governador Aécio Neves (PSDB), Andréa Neves, além de presidir o Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), preside o grupo técnico de Comunicação Social, vinculado à Secretaria de Governo. Segundo a assessoria do governo, ela não é remunerada em nenhum dos cargos.
No Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) tem seu irmão, o deputado estadual Ivo Gomes (PSB), como chefe-de-gabinete. A nomeação foi questionada pelo Ministério Público Estadual, que, em janeiro, estabeleceu prazo de 60 dias para Cid exonerá-lo. Para o governador, a nomeação não é nepotismo, pois Ivo tem cargo público, eleito pelo povo, e optou por manter o salário de deputado. A vaga na Assembléia, porém, foi preenchida por um suplente, que também recebe salário.
No Pará, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) nomeou o ex-marido Marcílio Monteiro para a Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos e o ex-cunhado Maurílio Monteiro para a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. O irmão José Otávio Carepa é subsecretário de Esportes.
Em Mato Grosso, Terezinha de Souza Maggi, mulher do governador Blairo Maggi (PR), está há quatro anos à frente da Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania. A assessoria do governo disse que Maggi não considera haver nepotismo, pois ela tem "formação" e "talento".
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), indicou o irmão Wagner Lago para a representar o Estado em Brasília. O Ministério Público do Maranhão entrou com ação pedindo a exoneração de parentes até terceiro grau no Executivo e Legislativo estadual.
Brito Miranda, pai do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é secretário de infra-estrutura do Estado. Ele já comandava a pasta quando o filho se elegeu pela primeira vez, em 2002. A assessoria de Miranda disse que Brito ocupa a função por "sua experiência".
Em Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB) nomeou a irmã Fernanda Vilela, advogada tributarista, para a Secretaria da Fazenda. A reportagem não conseguiu falar com ele ontem.
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Pelo menos oito governadores nomearam parentes para cargos em suas administrações. A contratação de familiares pelo Executivo não é ilegal, mas enfrenta resistência de opositores e do Ministério Público.
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), ainda não nomeou todo o secretariado do segundo mandato, mas a recondução de ao menos oito parentes em postos no Estado é considerada fato consumado.
Os irmãos Maurício Requião e Eduardo Requião devem continuar na Secretaria da Educação e na Superintendência dos portos de Paranaguá e Antonina, respectivamente. A mulher, Maristela de Mello e Silva, é assessora especial por presidir o Museu Oscar Niemeyer.
Requião tem a irmã, um primo, uma cunhada e dois sobrinhos empregados no Estado. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que reapresentará projeto de reforma constitucional para proibir o nepotismo. Requião diz que pauta as nomeações "em critérios de competência e confiança".
Em Minas, a irmã do governador Aécio Neves (PSDB), Andréa Neves, além de presidir o Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), preside o grupo técnico de Comunicação Social, vinculado à Secretaria de Governo. Segundo a assessoria do governo, ela não é remunerada em nenhum dos cargos.
No Ceará, o governador Cid Gomes (PSB) tem seu irmão, o deputado estadual Ivo Gomes (PSB), como chefe-de-gabinete. A nomeação foi questionada pelo Ministério Público Estadual, que, em janeiro, estabeleceu prazo de 60 dias para Cid exonerá-lo. Para o governador, a nomeação não é nepotismo, pois Ivo tem cargo público, eleito pelo povo, e optou por manter o salário de deputado. A vaga na Assembléia, porém, foi preenchida por um suplente, que também recebe salário.
No Pará, a governadora Ana Júlia Carepa (PT) nomeou o ex-marido Marcílio Monteiro para a Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos e o ex-cunhado Maurílio Monteiro para a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia. O irmão José Otávio Carepa é subsecretário de Esportes.
Em Mato Grosso, Terezinha de Souza Maggi, mulher do governador Blairo Maggi (PR), está há quatro anos à frente da Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania. A assessoria do governo disse que Maggi não considera haver nepotismo, pois ela tem "formação" e "talento".
O governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), indicou o irmão Wagner Lago para a representar o Estado em Brasília. O Ministério Público do Maranhão entrou com ação pedindo a exoneração de parentes até terceiro grau no Executivo e Legislativo estadual.
Brito Miranda, pai do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é secretário de infra-estrutura do Estado. Ele já comandava a pasta quando o filho se elegeu pela primeira vez, em 2002. A assessoria de Miranda disse que Brito ocupa a função por "sua experiência".
Em Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB) nomeou a irmã Fernanda Vilela, advogada tributarista, para a Secretaria da Fazenda. A reportagem não conseguiu falar com ele ontem.
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