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28/02/2007 - 10h05

PT estuda "plano B" para controlar Conselho de Ética sem desagradar PTB

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

A bancada do PT na Câmara deve se reunir nesta quarta-feira para discutir a eleição para a presidência do Conselho de Ética da Casa. O partido já teria definido apoiar um nome do PR [antigo PL] para o comando da comissão, como forma de evitar a recondução do deputado Ricardo Izar (PTB-SP), que disputa a reeleição. Ao abrir mão da indicação, o PT teria como objetivo evitar desgastes com o PTB. A eleição está marcada para amanhã.

A discussão promete causar polêmica na bancada do PT. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) tem afirmado que o PT é a segunda maior bancada da Câmara e tem o direito de indicar o presidente do colegiado. O deputado deve impor sua candidatura na reunião da bancada, mas terá que enfrentar o grupo do ex-ministro José Dirceu.

Para evitar a volta de processos contra petistas que renunciaram ao mandato para escapar da cassação no escândalo do mensalão e para "blindar" o partido de novos processos, o grupo trabalha para ter um aliado no comando do Conselho de Ética. O escolhido é o deputado José Carlos Araújo (PR-BA). O PTB foi aliado do PT na eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara, por isso deve evitar bater de frente com o partido indicando candidato próprio.

O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), já avisou que se o PT for para a disputa no Conselho as relações entre os dois partidos irão azedar. O deputado argumenta que o PTB ainda não foi "compensado" pelo apoio a Chinaglia --ficou de fora da Mesa Diretora e assumiu a presidência de apenas uma comissão na Casa.

Até o escândalo do mensalão, a presidência do Conselho de Ética era considerada pelos partidos cargo de terceiro escalão. Izar admite que assumiu o cargo na legislatura passada porque a vaga "sobrou", "ninguém queria". O Conselho até então não atraia a atenção da imprensa. Mas, depois dos escândalos, se tornou um local estratégico para os partidos. A indicação dos seus membros, que se encerra nesta quarta-feira, está sendo feita a dedo pelos partidos. É o Conselho quem recomenda ao plenário a cassação de um deputado por quebra de decoro parlamentar.

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