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05/03/2007 - 20h15

Esquerda usa visita de Bush para protestar contra política externa de Lula

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos

A política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será um dos pontos centrais do protesto que deverá levar cerca de 10 mil pessoas à avenida Paulista, na quinta-feira, durante a visita de George W. Bush a São Paulo.

De acordo com o presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, um dos organizadores, além do tradicional grito de "Fora Bush" o movimento também pedirá a saída do Exército brasileiro do Haiti e que o governo Lula não atue como interlocutor dos EUA na América Latina

"A idéia é fazer uma manifestação contundente contra o Bush e contra o Lula também. Nós não podemos simplesmente denunciar a ocupação do Iraque pelas tropas norte-americanas sem falar da ocupação que as tropas brasileiras estão fazendo no Haiti. Não podemos ignorar também que o Bush vem ao Brasil a convite do Lula e vai ser recebido por ele para estreitar relações comerciais", disse Almeida.

Para ele, o governo do presidente Lula vem ajudando os Estados Unidos a implementar suas políticas na América Latina, justamente num momento em que a região vê surgir governos que se contrapõem a interesses norte-americanos.

"O Lula se dispôs a ser, pelo seu passado e pelo seu papel como dirigente sindical, o instrumento das multinacionais e do próprio imperialismo para aplicar políticas que o governo deles não teria condições de aplicar", disse.

Já o MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) estará na avenida Paulista para protestar contra um possível acordo entre os governos brasileiro e dos EUA sobre o etanol.

De acordo com uma das coordenadoras nacionais do MST, Soraia Soriano, o objetivo do movimento será denunciar o agronegócio como um dos responsáveis pela manutenção da miséria no campo.

"O monocultivo da cana já coloca em risco a soberania alimentar da população de algumas regiões, como no interior de São Paulo. Um acordo do governo brasileiro com o americano que leve ao aumento da produção do álcool pode fazer crescer as mazelas no campo, com a ampliação da miséria e a expulsão de pequenos agricultores", disse Soriano.

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