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08/03/2007
-
11h28
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de anunciar ontem a criação da CPI do Apagão Aéreo, que acabou adiada após manobra dos governistas, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se mostrou hoje contrário à instalação da comissão. "Qualquer que seja o instrumento que vise a resolver problemas do país, sou favorável. Mas é necessário a CPI para fazer esse diagnóstico e propor soluções", disse.
Nesta manhã, líderes de partidos aliados se reuniram com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para discutir estratégias que impeçam a instalação da CPI. A Folha Online apurou que, na conversa com Tarso, os líderes decidiram pressionar Chinaglia para não instalar a comissão.
Segundo Chinaglia, será "bem-vindo" um diagnóstico da Câmara sobre os constantes atrasos e overbookings nos aeroportos do país. O presidente da Casa se mostrou favorável à proposta de se instalar comissão especial para discutir o caos aéreo --sem necessariamente efetivar a CPI.
"Como já existe um verdadeiro trauma da legislatura passada, não há confiança em relação ao governo e a oposição [para instalação da CPI]", reconheceu.
O plenário da Câmara decide hoje se suspende ou não a instalação da CPI até que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa se pronuncie sobre a sua legalidade. Nesta quarta-feira, durante sessão plenária da Câmara, houve bate-boca entre parlamentares do governo e da oposição sobre a instalação da CPI.
O PT decidiu recorrer à CCJ contra a comissão com o argumento de que ela não possui fato determinado para ser instalada --como determina o regimento da Casa. Os petistas também apresentaram requerimento ao plenário para suspender a criação da CPI até que a CCJ se manifeste.
Bate-boca
O vice-líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), acusou Chinaglia de fazer parte do "teatro" arquitetado pela base aliada para impedir a instalação da CPI. O vice-líder do PSDB na Casa, Jutahy Júnior (BA), acusou o governo de estar com "medo" das investigações para manobrar contra a criação da CPI.
"No passado, tentaram barrar a instalação da CPI dos Bingos, mas a Justiça determinou a sua instalação. Quero saber por que o governo não quer essa CPI, qual o medo do governo de lutar contra a comissão?", questionou.
O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (PT-RJ), rebateu as acusações dos colegas. Disse apenas que decidiu recorrer à CCJ para evitar questionamentos futuros quanto à legalidade da comissão. "Estamos remetendo [o requerimento] para a CCJ para que ela possa sanar todos as dúvidas em relação a essa comissão", afirmou.
A oposição ameaça recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se a CPI do Apagão Aéreo não for instalada. "Se a maioria esmagar a minoria, nós vamos ao Supremo Tribunal Federal que nos dará razão. E essa CPI vai sair porque existe uma Constituição no país que vai ser respeitada", afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja (SC).
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da Folha Online, em Brasília
Depois de anunciar ontem a criação da CPI do Apagão Aéreo, que acabou adiada após manobra dos governistas, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se mostrou hoje contrário à instalação da comissão. "Qualquer que seja o instrumento que vise a resolver problemas do país, sou favorável. Mas é necessário a CPI para fazer esse diagnóstico e propor soluções", disse.
Nesta manhã, líderes de partidos aliados se reuniram com o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para discutir estratégias que impeçam a instalação da CPI. A Folha Online apurou que, na conversa com Tarso, os líderes decidiram pressionar Chinaglia para não instalar a comissão.
Segundo Chinaglia, será "bem-vindo" um diagnóstico da Câmara sobre os constantes atrasos e overbookings nos aeroportos do país. O presidente da Casa se mostrou favorável à proposta de se instalar comissão especial para discutir o caos aéreo --sem necessariamente efetivar a CPI.
"Como já existe um verdadeiro trauma da legislatura passada, não há confiança em relação ao governo e a oposição [para instalação da CPI]", reconheceu.
O plenário da Câmara decide hoje se suspende ou não a instalação da CPI até que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa se pronuncie sobre a sua legalidade. Nesta quarta-feira, durante sessão plenária da Câmara, houve bate-boca entre parlamentares do governo e da oposição sobre a instalação da CPI.
O PT decidiu recorrer à CCJ contra a comissão com o argumento de que ela não possui fato determinado para ser instalada --como determina o regimento da Casa. Os petistas também apresentaram requerimento ao plenário para suspender a criação da CPI até que a CCJ se manifeste.
Bate-boca
O vice-líder do PFL na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), acusou Chinaglia de fazer parte do "teatro" arquitetado pela base aliada para impedir a instalação da CPI. O vice-líder do PSDB na Casa, Jutahy Júnior (BA), acusou o governo de estar com "medo" das investigações para manobrar contra a criação da CPI.
"No passado, tentaram barrar a instalação da CPI dos Bingos, mas a Justiça determinou a sua instalação. Quero saber por que o governo não quer essa CPI, qual o medo do governo de lutar contra a comissão?", questionou.
O líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (PT-RJ), rebateu as acusações dos colegas. Disse apenas que decidiu recorrer à CCJ para evitar questionamentos futuros quanto à legalidade da comissão. "Estamos remetendo [o requerimento] para a CCJ para que ela possa sanar todos as dúvidas em relação a essa comissão", afirmou.
A oposição ameaça recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) se a CPI do Apagão Aéreo não for instalada. "Se a maioria esmagar a minoria, nós vamos ao Supremo Tribunal Federal que nos dará razão. E essa CPI vai sair porque existe uma Constituição no país que vai ser respeitada", afirmou o líder do PPS na Câmara, deputado Fernando Coruja (SC).
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