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08/03/2007 - 21h11

Protestos contra Bush reúnem 23 mil pessoas em todo o país

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da Agência Folha
da Folha Online

Lojas do McDonald's atacadas, bandeiras dos EUA queimadas, bonecos de George W. Bush enforcados. Cerca de 23 mil pessoas foram às ruas em 17 Estados do país hoje para protestar contra a chegada do presidente norte-americano a São Paulo.

Bruno Miranda/Folha Imagem
Avenida Paulista ficou interditada durante protesto contra visita de Bush ao Brasil
Avenida Paulista ficou interditada durante protesto contra visita de Bush ao Brasil
A maior manifestação reuniu cerca de 6.000 pessoas --segundo a Polícia Militar-- na avenida Paulista, na região central de São Paulo (SP). Os organizadores do ato contabilizaram a participação de 10 mil pessoas no protesto.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante o protesto, que durou mais de três horas. Cerca de 20 pessoas --entre policiais, manifestantes e fotógrafos-- ficaram feridas. O tráfego de veículos na Paulista chegou a ser interditado. A via já foi liberada.

Em São Luís (MA), o governador Jackson Lago (PDT), usando um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), participou do enforcamento de um boneco representando Bush.

A manifestação, assim como no resto do Brasil, também celebrou o Dia Internacional da Mulher. Lago afirmou que a data simbolizava a "crueldade e a dureza do grande capital estrangeiro no país e a luta das mulheres por seus direitos".

André Porto/Folha Imagem
Manifestante é preso durante protesto contra a visita do presidente George W. Bush ao Brasil
Manifestante é preso durante protesto contra a visita do presidente George W. Bush ao Brasil
Mesmo longe da capital paulista, como em Goiânia (GO), manifestantes ligados à Via Campesina e ao MST elegeram as lojas do Wal-Mart e do McDonald's como alvos.

Cerca de 800 pessoas atiraram tomates na lanchonete. Durante uma passeata, foi enforcado e queimado um boneco de Bush. No hipermercado, o protesto foi contra alimentos transgênicos e o uso de agrotóxicos em lavouras.

Na Bahia, 3.500 pessoas participaram de uma caminhada no centro de Salvador. Com um trio elétrico para animar o público, o protesto, comandado pelo Grupo Gay da Bahia, começou com a queima de três bonecos representando o presidente norte-americano.

Havia cartazes com os dizeres "Fora Bush, abaixo o imperialismo americano machista e homofóbico".

No Ceará, 600 pessoas ficaram em frente a uma loja do McDonald's de Fortaleza distribuindo tapioca e exibindo uma faixa "Bush, inimigo número um da humanidade".

Em Manaus (AM), 200 estudantes usaram máscaras de Bush com o bigode de Hitler e levaram faixas contrárias ao presidente como "Bush, tira as patas do Iraque". Dois turistas de Seattle (EUA) se juntaram ao coro de "Fora Bush".

Já na capital do Rio Grande do Sul, estudantes e sem-terra se reuniram em frente a uma agência do Citibank para queimar bandeiras dos EUA e um boneco de Bush. A manifestação não poupou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para os estudantes, Lula é "amigo" de Bush.

Em Belém (PA), a mobilização teve como lema "Mulheres da Amazônia contra o imperialismo e em defesa de seus direitos". Cerca de 1.500 pessoas levaram para a marcha um bode ao qual deram o nome do presidente norte-americano.

Na Paraíba e em Mato Grosso, os manifestantes protestaram contra o avanço da fronteira agrícola da cana-de-açúcar --um dos temas da visita de George W. Bush.

Em Belo Horizonte (MG), os manifestantes fizeram uma passeata até o Palácio da Liberdade (sede do governo estadual), onde vaiaram Bush.

Em Alagoas, Sergipe, Piauí, Espírito Santo e Paraná, também houve protestos anti-Bush nas ruas das capitais.

Em Recife (PE), os manifestantes queimaram um boneco que representava o presidente dos EUA, mas não conseguiram jogar tinta vermelha no consulado norte-americano, como pretendiam.

A PM montou barreiras na rua, a 50 metros da representação diplomática, e impediu a aproximação do grupo.

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