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12/03/2007 - 14h46

Lula inicia reforma com troca de ministro da AGU; PMDB quer cinco pastas

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta segunda-feira José Antonio Toffoli, ex-auxiliar de José Dirceu na Casa Civil, como novo ministro da AGU (Advocacia Geral da União). Toffoli substitui Álvaro Ribeiro da Costa.

Alan Marques/Folha Imagem
Lula inicia reforma ministerial pela AGU: Toffoli assume como ministro-chefe no lugar de Costa
Lula inicia reforma ministerial pela AGU: Toffoli assume como ministro-chefe no lugar de Costa
A substituição de Costa por Toffoli foi a primeira troca efetivada pelo Palácio do Planalto na esperada reforma ministerial. Antes de Toffoli, somente os comandantes militares haviam sido substituídos por Lula.

A expectativa é que o presidente efetive ainda nesta quinta-feira as principais trocas em seu ministério. Lula não admite oficialmente que vai anunciar seu novo ministério nesta semana, mas a reeleição neste domingo de Michel Temer (SP) na presidência do PMDB deve facilitar a conclusão da reforma ministerial.

Hoje à noite, Lula deve se encontrar com Temer para discutir o espaço do partido no primeiro escalão. Reeleito presidente nacional do PMDB com 82% dos votos do partido, Temer deve ponderar que a bancada do partido na Câmara não aceita ter apenas um ministério no governo. Ou seja, as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado querem, juntas, o controle de cinco pastas no segundo mandato de Lula.

Os deputados cobram duas pastas para se igualarem à bancada do PMDB no Senado
--que controla os Ministérios das Comunicações e de Minas e Energia. A bancada já garantiu o Ministério da Integração Nacional para o deputado Geddel Vieira Lima (BA). Agora pleiteia a pasta do Turismo ou Agricultura. O Turismo também é cobiçado pelo PT.

O clima na bancada é de ameaça. Se Lula não atender aos deputados pode ter dificuldades para aprovar matérias de seu interesse na Câmara. Com 91 deputados --maior bancada da Casa-- o partido tem o poder de mudar o rumo de qualquer votação.

Os deputados argumentam que além dos ministérios que já controlam, a bancada do PMDB do Senado ganhará mais um na reforma ministerial. A indicação de José Gomes Temporão para a pasta da Saúde é contabilizada na cota dos senadores porque partiu do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que era senador até assumir o mandato, em janeiro deste ano.

A vantagem dos senadores vai ser questionada com o argumento de que eles não controlam o partido. Isso ficou demonstrado ontem, na convenção do PMDB. A ausência dos grupos ligados aos senadores Renan Calheiros (AL), José Sarney (AP) e Romero Jucá (RR) na eleição não alterou o resultado favorável a Temer.

Estatais

O PMDB também irá apresentar ao presidente Lula uma lista com os cargos no 2º e demais escalões que deseja ocupar. A lista inclui a diretoria de exploração da Petrobras, para atender a bancada de Minas Gerais; e a presidência de Furnas, para a bancada do Rio de Janeiro.

O partido quer ainda a presidência da Eletrobrás, uma diretoria da Eletronorte para a bancada do Centro-Oeste, a presidência da BR Distribuidora e uma diretoria do BNDES. Almeja também a direção de um dos bancos públicos e a Secretaria de Previdência Complementar, ligada ao Ministério da Previdência. A reforma ministerial deve ser anunciada na próxima quinta-feira.

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