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19/03/2007
-
17h39
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O PR está disposto a abrir mão do comando do Ministério dos Transportes se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantiver a criação da Secretaria de Portos, que será ocupada pelo ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito.
O líder do PR da Câmara, Luciano Castro (RR), disse que a legenda vai aceitar o ministério apenas se não perder a fatia destinada à administração dos portos.
"O presidente nos ofereceu o ministério por inteiro, nunca disse que ia tirar o controle dos portos. Vamos dizer ao presidente que essa é uma decisão tomada", afirmou Castro.
Apesar da ameaça, o líder o PR disse que o partido continuará na coalizão política de Lula. "Seremos um partido diferente. Pela primeira vez o presidente terá um aliado sem ministério", afirmou.
Castro também negou que o PR esteja disposto a pressionar o presidente para manter a administração dos portos no âmbito do Ministério dos Transportes. "Não sei se isso é uma dor de cabeça [para o presidente]. Nós somos o remédio, não a dor de cabeça", afirmou.
O partido já indicou o ex-ministro Alfredo Nascimento para ocupar o cargo. Nos bastidores, Nascimento não demonstrou disposição em abrir mão da pasta mesmo sem o controle da administração dos portos --ao contrário do que afirma Castro.
PSB
O presidente Lula decidiu criar a Secretaria de Portos como forma de acomodar o PSB no governo federal. Como o partido perdeu o Ministério da Integração Nacional para o PMDB, a criação da secretaria foi a fórmula encontrada por Lula para manter o apoio do PSB à coalizão. O partido também controla o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Castro criticou, no entanto, a oferta da secretaria ao PSB. "Ele [presidente] poderia acomodar seus aliados de outra forma. Eu conversei na semana passada com o ministro Tarso Genro [então ministro das Relações Institucionais] e ele disse que não existia nada disso", afirmou o líder.
O PSB reivindicava que a pasta, além de controlar os portos, também administrasse os aeroportos do país. Mas Lula se mostrou contrário a unir os dois setores sob a mesma administração. O PT quer vincular a administração dos portos ao Ministério do Turismo, que foi oferecido para a ex-prefeita Marta Suplicy (PT-SP).
A secretaria teve sua importância significativamente reduzida ao tratar apenas de portos. Se cuidasse das duas áreas, o órgão teria um orçamento de R$ 1,4 bilhão para administrar. Apenas com portos, o valor cai para R$ 400 milhões.
Castro minimizou o orçamento reduzido da pasta. "Os sistemas de transportes são interligados. As ferrovias terminam nos portos. Dá sensação para nós que não temos competência de administrar o setor", enfatizou.
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da Folha Online, em Brasília
O PR está disposto a abrir mão do comando do Ministério dos Transportes se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantiver a criação da Secretaria de Portos, que será ocupada pelo ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito.
O líder do PR da Câmara, Luciano Castro (RR), disse que a legenda vai aceitar o ministério apenas se não perder a fatia destinada à administração dos portos.
"O presidente nos ofereceu o ministério por inteiro, nunca disse que ia tirar o controle dos portos. Vamos dizer ao presidente que essa é uma decisão tomada", afirmou Castro.
Apesar da ameaça, o líder o PR disse que o partido continuará na coalizão política de Lula. "Seremos um partido diferente. Pela primeira vez o presidente terá um aliado sem ministério", afirmou.
Castro também negou que o PR esteja disposto a pressionar o presidente para manter a administração dos portos no âmbito do Ministério dos Transportes. "Não sei se isso é uma dor de cabeça [para o presidente]. Nós somos o remédio, não a dor de cabeça", afirmou.
O partido já indicou o ex-ministro Alfredo Nascimento para ocupar o cargo. Nos bastidores, Nascimento não demonstrou disposição em abrir mão da pasta mesmo sem o controle da administração dos portos --ao contrário do que afirma Castro.
PSB
O presidente Lula decidiu criar a Secretaria de Portos como forma de acomodar o PSB no governo federal. Como o partido perdeu o Ministério da Integração Nacional para o PMDB, a criação da secretaria foi a fórmula encontrada por Lula para manter o apoio do PSB à coalizão. O partido também controla o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Castro criticou, no entanto, a oferta da secretaria ao PSB. "Ele [presidente] poderia acomodar seus aliados de outra forma. Eu conversei na semana passada com o ministro Tarso Genro [então ministro das Relações Institucionais] e ele disse que não existia nada disso", afirmou o líder.
O PSB reivindicava que a pasta, além de controlar os portos, também administrasse os aeroportos do país. Mas Lula se mostrou contrário a unir os dois setores sob a mesma administração. O PT quer vincular a administração dos portos ao Ministério do Turismo, que foi oferecido para a ex-prefeita Marta Suplicy (PT-SP).
A secretaria teve sua importância significativamente reduzida ao tratar apenas de portos. Se cuidasse das duas áreas, o órgão teria um orçamento de R$ 1,4 bilhão para administrar. Apenas com portos, o valor cai para R$ 400 milhões.
Castro minimizou o orçamento reduzido da pasta. "Os sistemas de transportes são interligados. As ferrovias terminam nos portos. Dá sensação para nós que não temos competência de administrar o setor", enfatizou.
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