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20/03/2007
-
16h26
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Parlamentares da oposição conseguiram adiar a votação do recurso do PT contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Eles devem agora tentar obstruir a pauta da Câmara e impedir a votação das MPs (medidas provisórias) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que trancam a pauta da Casa.
Depois de quase sete horas de reunião --marcada por tumultuo e agressões verbais entre a base aliada e a oposição--, o presidente da CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), teve de adiar a sessão porque começou a ordem do dia no plenário da Casa.
Pelo regimento interno, as sessões das comissões temáticas da Câmara precisam, obrigatoriamente, acabar quando começa a ordem do dia. Apesar da manobra da oposição, Picciani disse que pretende retomar a sessão de hoje após a ordem do dia.
A estratégia da oposição é adiar a votação do recurso do PT até que o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifeste sobre o mandado de segurança que pede a instalação da CPI. A oposição acredita que o STF vai ser favorável à instalação da comissão para investigar o caos no controle do tráfego aéreo.
Já a base governista quer aprovar ainda hoje o recurso do PT contra a CPI na CCJ. Com isso, os partidos aliados pretendem conseguir levar o assunto para votação no plenário já na sessão desta terça-feira.
Na CCJ, o recurso do PT já teve o voto favorável do relator, deputado Colbert Martins (PMDB-BA). Mesmo que a CCJ acompanhe o voto do relator, a palavra final sobre a instalação da CPI será do plenário. A CCJ tem a tarefa apenas de orientar a votação e é considerada um termômetro da votação no plenário.
Bate-boca
A reunião foi tensa, com troca de acusações entre oposição e governo. O principal alvo foi o presidente da CCJ, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), acusado de atuar em favor do governo.
O clima esquentou mesmo quando o líder da oposição, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), acusou Picciani de manobrar para ajudar o governo e ouviu como resposta do peemedebista que ele estava sendo leviano.
Redecker levantou-se e ameaçou partir para cima de Picciani, mas foi contido pelos colegas. Aos gritos, o tucano disse que Picciani lhe devia um pedido de desculpas. E atacou: "Vai para a saia do seu pai."
O deputado ACM Neto (PFL-BA), um dos principais articuladores da oposição na CCJ, instigou a oposição a fazer um boicote a Picciani em protesto a atitude dele na reunião de hoje.
"Nenhum parlamentar da oposição terá vergonha na cara se deixar vossa excelência presidir regularmente a CCJ a partir de agora. Vamos ter a obrigação de obstruir todos os trabalhos a partir de agora", afirmou.
Picciani se defendeu e disse que apenas pediu aos deputados que não sejam levianos nas acusações. Apesar de atacado, o deputado manteve-se calmo durante a sessão de mais de sete horas e sempre evocou o regimento em sua defesa.
A troca de acusações promete continuar no plenário. A oposição vai tentar alongar a sessão para evitar que a CCJ retome ainda hoje a discussão do recurso do PT.
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da Folha Online, em Brasília
Parlamentares da oposição conseguiram adiar a votação do recurso do PT contra a instalação da CPI do Apagão Aéreo na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. Eles devem agora tentar obstruir a pauta da Câmara e impedir a votação das MPs (medidas provisórias) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que trancam a pauta da Casa.
Depois de quase sete horas de reunião --marcada por tumultuo e agressões verbais entre a base aliada e a oposição--, o presidente da CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), teve de adiar a sessão porque começou a ordem do dia no plenário da Casa.
Alan Marques/Folha Imagem |
Presidente da CCJ, Leonardo Picciani, discute com ACM Neto sobre CPI do Apagão Aéreo |
A estratégia da oposição é adiar a votação do recurso do PT até que o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifeste sobre o mandado de segurança que pede a instalação da CPI. A oposição acredita que o STF vai ser favorável à instalação da comissão para investigar o caos no controle do tráfego aéreo.
Já a base governista quer aprovar ainda hoje o recurso do PT contra a CPI na CCJ. Com isso, os partidos aliados pretendem conseguir levar o assunto para votação no plenário já na sessão desta terça-feira.
Na CCJ, o recurso do PT já teve o voto favorável do relator, deputado Colbert Martins (PMDB-BA). Mesmo que a CCJ acompanhe o voto do relator, a palavra final sobre a instalação da CPI será do plenário. A CCJ tem a tarefa apenas de orientar a votação e é considerada um termômetro da votação no plenário.
Bate-boca
A reunião foi tensa, com troca de acusações entre oposição e governo. O principal alvo foi o presidente da CCJ, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), acusado de atuar em favor do governo.
O clima esquentou mesmo quando o líder da oposição, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), acusou Picciani de manobrar para ajudar o governo e ouviu como resposta do peemedebista que ele estava sendo leviano.
Redecker levantou-se e ameaçou partir para cima de Picciani, mas foi contido pelos colegas. Aos gritos, o tucano disse que Picciani lhe devia um pedido de desculpas. E atacou: "Vai para a saia do seu pai."
O deputado ACM Neto (PFL-BA), um dos principais articuladores da oposição na CCJ, instigou a oposição a fazer um boicote a Picciani em protesto a atitude dele na reunião de hoje.
"Nenhum parlamentar da oposição terá vergonha na cara se deixar vossa excelência presidir regularmente a CCJ a partir de agora. Vamos ter a obrigação de obstruir todos os trabalhos a partir de agora", afirmou.
Picciani se defendeu e disse que apenas pediu aos deputados que não sejam levianos nas acusações. Apesar de atacado, o deputado manteve-se calmo durante a sessão de mais de sete horas e sempre evocou o regimento em sua defesa.
A troca de acusações promete continuar no plenário. A oposição vai tentar alongar a sessão para evitar que a CCJ retome ainda hoje a discussão do recurso do PT.
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