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21/03/2007
-
12h24
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O novo arcebispo de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer, endossou hoje as palavras do papa Bento 16 contrárias ao fim do celibato dos sacerdotes, ao casamento gay e de divorciados. Dom Odilo, que foi nomeado hoje sucessor de d. Cláudio Hummes à frente da Arquidiocese de São Paulo, disse compreender as críticas às declarações de Bento 16, mas afirmou que o papa só interpretou a posição da Igreja Católica.
"Claro que eu compreendo a dificuldade que existe em compreender a posição, a figura do papa, seu estilo e diversidade de pensamento. Mas ele não poderia deixar de fazê-lo, mesmo quando isso não é compreendido e aceito. A proposta da Igreja [Católica] é ser fiel ao Evangelho de Jesus. É sempre uma proposta de verdade, liberdade e vida, para o bem da humanidade", disse dom Odilo.
Segundo o arcebispo, "não está na competência da Igreja mudar o Evangelho". Ele disse que os fiéis cobram da Igreja Católica posições sobre "questões periféricas, sobre o que pode ou não pode". D. Odilo disse que a proposta da Igreja Católica se coloca para "o verdadeiro bem e não aquele bem imediato que não realiza a humanidade".
Polêmica
Em documento divulgado na semana passada, intitulado "Sacramentum Caritatis" (Sacramento do Amor), o papa reafirmou a importância do celibato para os sacerdotes. "Eu confirmo que [o celibato] permanece obrigatório", escreveu o pontífice.
O papa condenou ainda práticas como o aborto e a eutanásia, e defendeu valores "familiares construídos por meio da união entre homens e mulheres" e da promoção do bem-estar geral --com uma clara condenação ao segundo casamento de pessoas divorciadas.
Segundo o texto de Bento 16, tais valores "não são negociáveis", e caberia aos líderes políticos e católicos ter consciência de sua responsabilidade perante a sociedade, propondo e apoiando leis que sejam inspiradas "na natureza humana".
O documento foi o segundo escrito por Bento 16 depois da divulgação, em janeiro de 2006, de sua primeira encíclica, "Deus caritas est" (Deus é amor). O documento de 131 páginas, destinado a bispos e aos cerca de 1,1 bilhão de católicos em todo o mundo, faz parte da vigorosa campanha do pontífice para garantir o cumprimento dos ensinamentos da igreja.
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Folha Imagem |
Dom Odilo Pedro Scherer vai assumir o comando da Arquidiocese de São Paulo |
Segundo o arcebispo, "não está na competência da Igreja mudar o Evangelho". Ele disse que os fiéis cobram da Igreja Católica posições sobre "questões periféricas, sobre o que pode ou não pode". D. Odilo disse que a proposta da Igreja Católica se coloca para "o verdadeiro bem e não aquele bem imediato que não realiza a humanidade".
Polêmica
Em documento divulgado na semana passada, intitulado "Sacramentum Caritatis" (Sacramento do Amor), o papa reafirmou a importância do celibato para os sacerdotes. "Eu confirmo que [o celibato] permanece obrigatório", escreveu o pontífice.
O papa condenou ainda práticas como o aborto e a eutanásia, e defendeu valores "familiares construídos por meio da união entre homens e mulheres" e da promoção do bem-estar geral --com uma clara condenação ao segundo casamento de pessoas divorciadas.
Segundo o texto de Bento 16, tais valores "não são negociáveis", e caberia aos líderes políticos e católicos ter consciência de sua responsabilidade perante a sociedade, propondo e apoiando leis que sejam inspiradas "na natureza humana".
O documento foi o segundo escrito por Bento 16 depois da divulgação, em janeiro de 2006, de sua primeira encíclica, "Deus caritas est" (Deus é amor). O documento de 131 páginas, destinado a bispos e aos cerca de 1,1 bilhão de católicos em todo o mundo, faz parte da vigorosa campanha do pontífice para garantir o cumprimento dos ensinamentos da igreja.
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