28/03/2007 - 19h16

Sindicalistas se reúnem com Lula para criticar ida de Marinho para Previdência

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Representantes de seis centrais sindicais se reúnem esta noite com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir a permanência de Luiz Marinho no Ministério do Trabalho. Lula ofereceu a pasta ao presidente do PDT, Carlos Lupi, e decidiu deslocar Marinho para o Ministério da Previdência Social.

"Em time que está ganhando, não se mexe. O ministro fez um ótimo trabalho e deve continuar no cargo. É um retrocesso para nós trabalhadores ele sair", disse o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Carlos Grana.

As centrais sindicais afirmaram não ter resistências ao nome de Lupi, mas criticaram a mudança. "Achamos justo o PDT se compor no governo. Só não achamos justo que o Marinho saia. A pasta da Previdência é importante, mas no Trabalho ele [Marinho] poderá ajudar mais as centrais", afirmou.

Os sindicalistas se reuniram esta manhã com Marinho para criticar a mudança. Grana afirmou que o ministro não fez nenhum apelo para permanecer na pasta. "Não se trata de opinião pessoal do ministro, mas sim uma opinião coletiva das centrais. É uma decisão unilateral das centrais", disse.

Ausência

A Força Sindical não integra o grupo contrário à mudança de Marinho para a o Ministério da Previdência. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), foi um dos articuladores para o convite de Lupi ao primeiro escalão do governo.

Inicialmente, o presidente do PDT assumiria o Ministério da Previdência e Marinho continuaria no cargo.

Lula, no entanto, ofereceu as duas pastas ao PDT. Por orientação das bancadas do partido na Câmara e no Senado, Lupi optou pelo Trabalho --pasta ligada à história do partido.

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