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29/03/2007
-
11h58
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que formar uma coalizão pressupõe trabalhar com pessoas que até ontem falavam mal do governo. Com isso, Lula aproveitou a posse de hoje de cinco ministros para justificar a indicação de ex-opositores do seu primeiro mandato, como Geddel Vieira (Integração) e Carlos Lupi (Trabalho).
"Coalizão não significa juntar os mesmos que já te apóiam. Coalizão pressupõe grandeza interior capaz de absorver pessoas que até ontem falavam mal de você, que pensam diferente", disse ele na posse dos ministros Carlos Lupi (Trabalho), Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Alfredo Nascimento (Transportes), Luiz Marinho (Previdência) e Franklin Martins (Comunicação Social).
O presidente citou como exemplo o governador Blairo Maggi (MT) que, no segundo turno das eleições presidenciais no ano passado, decidiu migrar para a base governista.
"Na hora do pega para capar no segundo turno, ele enfrentou com a maior competência do mundo os mais reacionários que o vaiavam, mesmo sendo fazendeiros menores do que ele e entendendo de agricultura menos do que ele. Essa demonstração de grandeza é uma das coisas bonitas na política brasileira", afirmou.
PDT
Lula disse que convidou o PDT para ingressar no seu governo com base na história política que viveu ao lado de líderes do partido --como Leonel Brizola. "Eu não posso deixar de esquecer por conta de uma fala contrária ao presidente das vezes que tivemos juntos por esse país. Eu estou gratificado do PDT estar voltando de ontem nunca deveria ter saído, do nosso lado e do governo."
O presidente reconheceu que indicou Lupi para o Trabalho, e não para a Previdência, diante das resistências que o PDT mantém em relação à reforma previdenciária. "Era muito complicado você colocar um companheiro para fazer uma determinada política na previdência que você sabe que para o seu partido é quase uma questão de fé. Ele teria dificuldades em alguns temas que teremos que discutir na previdência para futuras gerações", disse.
Sobre a ida de Luiz Marinho para o Ministério da Previdência, Lula disse que foi motivado pela qualidade técnica do ministro. "Aprendi uma coisa, aos 22 anos, que sempre que possível você precisa escolher para determinadas atividades as pessoas em função do perfil da pessoa", afirmou.
Lula reconheceu que teve dificuldades em escolher o novo ministro da Previdência, mas disse que se Marinho "imprimir no ministério o mesmo ritmo de trabalho e seriedade que imprimiu em São Bernardo ou na presidência da CUT [Centra Única dos Trabalhadores], aqueles que acham que a Previdência é insolúvel vão ver que ela vai ser consertada sem que a gente jogue no colo dos pobres a responsabilidade pelo déficit da previdência social nesse país".
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Lula diz que coalizão pressupõe grandeza para trabalhar com ex-opositores
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da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que formar uma coalizão pressupõe trabalhar com pessoas que até ontem falavam mal do governo. Com isso, Lula aproveitou a posse de hoje de cinco ministros para justificar a indicação de ex-opositores do seu primeiro mandato, como Geddel Vieira (Integração) e Carlos Lupi (Trabalho).
Jamil Bittar/Folha Imagem |
Lula empossa Alfredo Nascimento, Carlos Lupi, Miguel Jorge, Luiz Marinho e Franklin Martins |
O presidente citou como exemplo o governador Blairo Maggi (MT) que, no segundo turno das eleições presidenciais no ano passado, decidiu migrar para a base governista.
"Na hora do pega para capar no segundo turno, ele enfrentou com a maior competência do mundo os mais reacionários que o vaiavam, mesmo sendo fazendeiros menores do que ele e entendendo de agricultura menos do que ele. Essa demonstração de grandeza é uma das coisas bonitas na política brasileira", afirmou.
PDT
Lula disse que convidou o PDT para ingressar no seu governo com base na história política que viveu ao lado de líderes do partido --como Leonel Brizola. "Eu não posso deixar de esquecer por conta de uma fala contrária ao presidente das vezes que tivemos juntos por esse país. Eu estou gratificado do PDT estar voltando de ontem nunca deveria ter saído, do nosso lado e do governo."
O presidente reconheceu que indicou Lupi para o Trabalho, e não para a Previdência, diante das resistências que o PDT mantém em relação à reforma previdenciária. "Era muito complicado você colocar um companheiro para fazer uma determinada política na previdência que você sabe que para o seu partido é quase uma questão de fé. Ele teria dificuldades em alguns temas que teremos que discutir na previdência para futuras gerações", disse.
Sobre a ida de Luiz Marinho para o Ministério da Previdência, Lula disse que foi motivado pela qualidade técnica do ministro. "Aprendi uma coisa, aos 22 anos, que sempre que possível você precisa escolher para determinadas atividades as pessoas em função do perfil da pessoa", afirmou.
Lula reconheceu que teve dificuldades em escolher o novo ministro da Previdência, mas disse que se Marinho "imprimir no ministério o mesmo ritmo de trabalho e seriedade que imprimiu em São Bernardo ou na presidência da CUT [Centra Única dos Trabalhadores], aqueles que acham que a Previdência é insolúvel vão ver que ela vai ser consertada sem que a gente jogue no colo dos pobres a responsabilidade pelo déficit da previdência social nesse país".
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