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29/03/2007
-
19h37
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A deputada Andreia Zito (PSDB-RJ) ingressou hoje com representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra a ministra Matilde Ribeiro (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial). A deputada pede que a procuradoria investigue se a ministra cometeu crime de raciscmo ao afirmar que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".
Depois da repercussão negativa, a ministra divulgou nota para afirmar que suas declarações foram utilizadas "fora de contexto".
A deputada afirma que, se o crime for configurado, a pena é de reclusão de dois a cinco anos --em casos de crimes de indução ou prática de discriminação ou preconceito cometidos por intermédio de meios de comunicação de massa.
Andreia argumenta que "pessoas públicas, como ministros de Estado, quando expressam opiniões, induzem comportamentos".
A deputada também afirma na representação que as autoridades que incentivam comportamentos racistas "tornam-se indignos da notoriedade ou do cargo que ocupam e devem ser exemplarmente punidas pela lei".
Na entrevista, Matilde considerou natural a reação de um negro de não querer conviver com um branco. "Quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou", afirmou.
Para o vice-presidente José Alencar (PRB), não há discriminação racial no país. Ele disse que os brasileiros têm que "eliminar a idéia de que no Brasil haja preconceito".
"Eu conheço bem a Matilde e sei que ela é consciente. O que ela quis dizer não tem nada de contra os brancos. Há uma certa preocupação porque os negros que vieram, vieram muitos, nos navios negreiros, ancestrais meus e dela vieram assim. Mas nós temos que compreender que o Brasil, hoje, é uma raça miscigenada", afirmou.
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Deputada pede para PGR investigar se ministra cometeu crime de racismo
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da Folha Online, em Brasília
A deputada Andreia Zito (PSDB-RJ) ingressou hoje com representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra a ministra Matilde Ribeiro (Secretaria de Promoção da Igualdade Racial). A deputada pede que a procuradoria investigue se a ministra cometeu crime de raciscmo ao afirmar que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".
Depois da repercussão negativa, a ministra divulgou nota para afirmar que suas declarações foram utilizadas "fora de contexto".
A deputada afirma que, se o crime for configurado, a pena é de reclusão de dois a cinco anos --em casos de crimes de indução ou prática de discriminação ou preconceito cometidos por intermédio de meios de comunicação de massa.
Andreia argumenta que "pessoas públicas, como ministros de Estado, quando expressam opiniões, induzem comportamentos".
A deputada também afirma na representação que as autoridades que incentivam comportamentos racistas "tornam-se indignos da notoriedade ou do cargo que ocupam e devem ser exemplarmente punidas pela lei".
Na entrevista, Matilde considerou natural a reação de um negro de não querer conviver com um branco. "Quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou", afirmou.
Para o vice-presidente José Alencar (PRB), não há discriminação racial no país. Ele disse que os brasileiros têm que "eliminar a idéia de que no Brasil haja preconceito".
"Eu conheço bem a Matilde e sei que ela é consciente. O que ela quis dizer não tem nada de contra os brancos. Há uma certa preocupação porque os negros que vieram, vieram muitos, nos navios negreiros, ancestrais meus e dela vieram assim. Mas nós temos que compreender que o Brasil, hoje, é uma raça miscigenada", afirmou.
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