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30/03/2007
-
14h50
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo na Câmara já se articula para lotear a CPI do Apagão Aéreo na hipótese de o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) seguir a decisão do ministro Celso de Mello favorável à instalação da CPI. Os governistas devem controlar 16 das 24 vagas da comissão, enquanto a oposição poderá indicar oito deputados.
Nos bastidores, o PT trabalha para ficar com a relatoria da CPI. O cargo é considerado mais importante que a própria presidência da comissão, uma vez que cabe ao relator dar o parecer final sobre as investigações. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) é cotado para assumir a relatoria da CPI.
No primeiro mandato como deputado federal, Vaccarezza é ligado ao Campo Majoritário do PT e muito próximo de petistas como José Dirceu, Marta Suplicy e Arlindo Chinaglia. O deputado é considerado por aliados como um governista radical, fiel à direção do partido e um formulador.
Oposição
A oposição vai tentar assumir a presidência da comissão. Os indicados devem ser os deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP), signatários do requerimento que pediu a abertura da CPI. Entretanto, por estar em minoria, a oposição vai depender da boa vontade do governo.
Os oposicionistas reconhecem que o governo não estará disposto a abrir mão dos cargos. "Acho difícil qualquer acordo porque o governo atropelou o regimento para não instalar a CPI. O governo quer esconder alguma coisa e nós vamos ter que trabalhar com a verdade, transparência, na defesa dos interesses do país", disse o líder da minoria na Câmara, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS).
Segundo o líder, o governo poderá "nomear quem quiser", mas não vai conseguir frear as investigações da CPI. O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) disse que o governo vai se utilizar de manobras regimentais para protelar as investigações.
"Esperamos que o governo não venha com a chicana de botar presidente e relator do mesmo partido. Eles vão tentar impor de tudo, mas espero que mais esse absurdo não venha a ser cometido."
Integrantes
Pelo regimento da Casa, os sete partidos da base aliada que atuaram juntos para eleger o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara --no extinto blocão-- poderão indicar 12 dos 24 membros titulares da comissão.
PSB, PDT e PC do B, que também compõem a base aliada governista, ainda terão direito a indicar três integrantes da comissão --o que configura ampla maioria de membros da base.
Pelo regimento, os partidos de oposição (PPS, PSDB e PFL) indicarão apenas sete integrantes. O PSOL e o PV também poderão indicar um deputado cada.
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo na Câmara já se articula para lotear a CPI do Apagão Aéreo na hipótese de o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) seguir a decisão do ministro Celso de Mello favorável à instalação da CPI. Os governistas devem controlar 16 das 24 vagas da comissão, enquanto a oposição poderá indicar oito deputados.
Nos bastidores, o PT trabalha para ficar com a relatoria da CPI. O cargo é considerado mais importante que a própria presidência da comissão, uma vez que cabe ao relator dar o parecer final sobre as investigações. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) é cotado para assumir a relatoria da CPI.
No primeiro mandato como deputado federal, Vaccarezza é ligado ao Campo Majoritário do PT e muito próximo de petistas como José Dirceu, Marta Suplicy e Arlindo Chinaglia. O deputado é considerado por aliados como um governista radical, fiel à direção do partido e um formulador.
Oposição
A oposição vai tentar assumir a presidência da comissão. Os indicados devem ser os deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP), signatários do requerimento que pediu a abertura da CPI. Entretanto, por estar em minoria, a oposição vai depender da boa vontade do governo.
Os oposicionistas reconhecem que o governo não estará disposto a abrir mão dos cargos. "Acho difícil qualquer acordo porque o governo atropelou o regimento para não instalar a CPI. O governo quer esconder alguma coisa e nós vamos ter que trabalhar com a verdade, transparência, na defesa dos interesses do país", disse o líder da minoria na Câmara, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS).
Segundo o líder, o governo poderá "nomear quem quiser", mas não vai conseguir frear as investigações da CPI. O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) disse que o governo vai se utilizar de manobras regimentais para protelar as investigações.
"Esperamos que o governo não venha com a chicana de botar presidente e relator do mesmo partido. Eles vão tentar impor de tudo, mas espero que mais esse absurdo não venha a ser cometido."
Integrantes
Pelo regimento da Casa, os sete partidos da base aliada que atuaram juntos para eleger o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara --no extinto blocão-- poderão indicar 12 dos 24 membros titulares da comissão.
PSB, PDT e PC do B, que também compõem a base aliada governista, ainda terão direito a indicar três integrantes da comissão --o que configura ampla maioria de membros da base.
Pelo regimento, os partidos de oposição (PPS, PSDB e PFL) indicarão apenas sete integrantes. O PSOL e o PV também poderão indicar um deputado cada.
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