Publicidade
Publicidade
04/04/2007
-
16h24
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje a substituição do ministro Waldir Pires do comando da Defesa. "O ministro vai continuar no cargo. Ministro sou eu que ponho e eu que tiro. Eu que escolho. Se um dia eu tiver que tirá-lo, eu tirarei. Por enquanto, não é essa a questão", disse ele após almoçar com o presidente do Equador, Rafael Correa.
Senadores do PT que participaram de um jantar ontem à noite com Lula disseram que o presidente havia sinalizado a intenção de trocar Pires. O presidente teria avaliado que Pires já fez o que podia para tentar contornar a crise no setor aéreo.
Lula fez um apelo hoje para que os controladores de vôo não prejudiquem a população. "A única coisa que peço aos controladores é que se quiserem fazer alguma coisa, algum protesto contra qualquer pessoa, que façam, mas não prejudiquem o povo. Porque as pessoas querem viajar, trabalhar, ter o mínimo de tranqüilidade. Estou confiante que os controladores civis e militares vão compreender toda a crise."
Lula afirmou ainda que tem total confiança na capacidade do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para contornar a crise do controle do tráfego aéreo.
PAC das Forças Armadas
Lula disse ainda que pretende convocar o Conselho de Defesa Nacional nos próximos dias para discutir uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para reequipar as Forças Armadas.
O PAC das Forças Armadas reuniria uma série de ações para valorizar a Marinha, Exército e Aeronáutica.
O Conselho de Defesa Nacional --órgão consultivo da Presidência da República-- é formado pelo vice-presidente da República (José Alencar), pelos presidentes da Câmara (Arlindo Chinaglia) e do Senado (Renan Calheiros), e pelos ministros Justiça (Tarso Genro), Relações Exteriores (Celso Amorim), Fazenda (Guido Mantega) e Planejamento (Paulo Bernardo), além dos comandantes do Exército (Enzo Perry), Marinha (Júlio Soares de Moura Neto) e Aeronáutica (Juniti Saito).
Com esse plano, Lula quer se antecipar às críticas que serão feitas ao contigenciamento de recursos nas Forças Armadas, que provocaram problemas como a crise do setor aéreo.
CPI
No encontro, Lula disse ainda temer que a CPI do Apagão Aéreo exponha as deficiências da Aeronáutica. Aos senadores, Lula teria afirmado que o país não ganhará nada com a "exposição desnecessária" das fragilidades da Aeronáutica, algo inevitável numa CPI política.
O presidente observou que há problemas sistêmicos --como a fragilidade dos equipamentos-- que o governo vem resolvendo com investimentos e que não deveriam ser expostos.
Lula sinalizou que não irá proteger o deputado Carlos Wilson (PT-PE) --que comandou a Infraero no seu primeiro mandato-- ao informar que o governo está investigando os contratos do órgão, por meio da CGU (Controladoria Geral da União), e esclareceu não ser este o motivo de sua apreensão com as investigações.
Com relação às denúncias nos contratos da Infraero, o presidente disse que certamente a oposição irá focar a CPI neste assunto, mas que isso não o preocupa porque o governo está investigando.
Para ser instalada a CPI depende de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa mandado de segurança assinado pela oposição. O mandado pede a instalação imediata da CPI sob a alegação de que a minoria tem o direito constitucional de propor uma comissão de inquérito.
Leia mais
Diplomata vai substituir Singer como porta-voz de Lula
Bancada do PT no Senado pede a Lula mais atenção do governo
Ministro do STF sinaliza acelerar votação da CPI do Apagão, diz oposição
Kassab desconversa sobre reeleição e diz que foco é a prefeitura
Oposição vai pedir para STF apressar julgamento da CPI do Apagão
Deputado quer revogar resolução de Serra sobre alíquota de produtos
Especial
Leia cobertura completa sobre o segundo mandato do governo Lula
Lula nega saída de Pires e diz que poder para trocar ministro é do presidente
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje a substituição do ministro Waldir Pires do comando da Defesa. "O ministro vai continuar no cargo. Ministro sou eu que ponho e eu que tiro. Eu que escolho. Se um dia eu tiver que tirá-lo, eu tirarei. Por enquanto, não é essa a questão", disse ele após almoçar com o presidente do Equador, Rafael Correa.
Folha Imagem |
Presidente Lula nega saída de Waldir Pires do comando da Defesa |
Lula fez um apelo hoje para que os controladores de vôo não prejudiquem a população. "A única coisa que peço aos controladores é que se quiserem fazer alguma coisa, algum protesto contra qualquer pessoa, que façam, mas não prejudiquem o povo. Porque as pessoas querem viajar, trabalhar, ter o mínimo de tranqüilidade. Estou confiante que os controladores civis e militares vão compreender toda a crise."
Lula afirmou ainda que tem total confiança na capacidade do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, para contornar a crise do controle do tráfego aéreo.
PAC das Forças Armadas
Lula disse ainda que pretende convocar o Conselho de Defesa Nacional nos próximos dias para discutir uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para reequipar as Forças Armadas.
O PAC das Forças Armadas reuniria uma série de ações para valorizar a Marinha, Exército e Aeronáutica.
O Conselho de Defesa Nacional --órgão consultivo da Presidência da República-- é formado pelo vice-presidente da República (José Alencar), pelos presidentes da Câmara (Arlindo Chinaglia) e do Senado (Renan Calheiros), e pelos ministros Justiça (Tarso Genro), Relações Exteriores (Celso Amorim), Fazenda (Guido Mantega) e Planejamento (Paulo Bernardo), além dos comandantes do Exército (Enzo Perry), Marinha (Júlio Soares de Moura Neto) e Aeronáutica (Juniti Saito).
Com esse plano, Lula quer se antecipar às críticas que serão feitas ao contigenciamento de recursos nas Forças Armadas, que provocaram problemas como a crise do setor aéreo.
CPI
No encontro, Lula disse ainda temer que a CPI do Apagão Aéreo exponha as deficiências da Aeronáutica. Aos senadores, Lula teria afirmado que o país não ganhará nada com a "exposição desnecessária" das fragilidades da Aeronáutica, algo inevitável numa CPI política.
O presidente observou que há problemas sistêmicos --como a fragilidade dos equipamentos-- que o governo vem resolvendo com investimentos e que não deveriam ser expostos.
Lula sinalizou que não irá proteger o deputado Carlos Wilson (PT-PE) --que comandou a Infraero no seu primeiro mandato-- ao informar que o governo está investigando os contratos do órgão, por meio da CGU (Controladoria Geral da União), e esclareceu não ser este o motivo de sua apreensão com as investigações.
Com relação às denúncias nos contratos da Infraero, o presidente disse que certamente a oposição irá focar a CPI neste assunto, mas que isso não o preocupa porque o governo está investigando.
Para ser instalada a CPI depende de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa mandado de segurança assinado pela oposição. O mandado pede a instalação imediata da CPI sob a alegação de que a minoria tem o direito constitucional de propor uma comissão de inquérito.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice