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05/04/2007
-
18h39
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Nesta quinta-feira completa um ano em que a CPI dos Correios concluiu as investigações sobre o mensalão. A comissão, destinada a investigar desvios na estatal, descobriu a origem dos recursos que sustentaram o suposto esquema de compra de votos de parlamentares pelo Executivo e provocou a abertura de processos políticos contra vários deputados que culminaram com a cassação de três deles: José Dirceu (PT-SP), Pedro Corrêa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Também motivou a abertura de processos judiciais contra 40 pessoas, incluídos os três ex-parlamentares.
Sub-relator da CPI, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) faz um balanço positivo da CPI, mas ressalta que muitas outras irregularidades poderiam ter sido descobertas se o trabalho tivesse continuado.
"Nosso tempo foi muito curto o que torna difícil fechar todo ciclo. Pedimos uma série de informações que só chegaram as nossas mãos no final dos trabalhos. Devem ter muitos dados lá", disse.
Além das fontes que financiaram o esquema do mensalão, como a VisaNet, braço do Banco do Brasil, Fruet afirmou que foi a CPI quem descobriu também irregularidades na Infraero que hoje são usadas pela oposição como argumento para se investigar a empresa. "O TCU (Tribunal de Contas da União) começou a investigar a Infraero a nosso pedido", disse.
A discussão sobre o fim do voto secreto no Congresso em casos de processo de cassação de mandato também foi motivada pela CPI dos Correios. Dos parlamentares denunciados como beneficiários do esquema do mensalão, grande parte foi cassado pelo Conselho de Ética, mas depois absolvidos pelo plenário, onde o voto é secreto.
Mas também há frustrações. Ninguém foi preso ou virou réu. E até hoje a maioria dos órgãos que recebeu o relatório final da CPI não se pronunciaram sobre as irregularidades. "Dos 19, apenas 5 responderam e de forma superficial que procedimentos adotaram para evitar as irregularidades", disse.
Parlamentares que integraram a CPI já encaminharam ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pedido para que ele acione esses órgãos por crime de responsabilidade, mas Fruet admite que essa é uma medida extrema, até porque o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um dos que seriam atingidos.
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Nesta quinta-feira completa um ano em que a CPI dos Correios concluiu as investigações sobre o mensalão. A comissão, destinada a investigar desvios na estatal, descobriu a origem dos recursos que sustentaram o suposto esquema de compra de votos de parlamentares pelo Executivo e provocou a abertura de processos políticos contra vários deputados que culminaram com a cassação de três deles: José Dirceu (PT-SP), Pedro Corrêa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Também motivou a abertura de processos judiciais contra 40 pessoas, incluídos os três ex-parlamentares.
Sub-relator da CPI, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) faz um balanço positivo da CPI, mas ressalta que muitas outras irregularidades poderiam ter sido descobertas se o trabalho tivesse continuado.
"Nosso tempo foi muito curto o que torna difícil fechar todo ciclo. Pedimos uma série de informações que só chegaram as nossas mãos no final dos trabalhos. Devem ter muitos dados lá", disse.
Além das fontes que financiaram o esquema do mensalão, como a VisaNet, braço do Banco do Brasil, Fruet afirmou que foi a CPI quem descobriu também irregularidades na Infraero que hoje são usadas pela oposição como argumento para se investigar a empresa. "O TCU (Tribunal de Contas da União) começou a investigar a Infraero a nosso pedido", disse.
A discussão sobre o fim do voto secreto no Congresso em casos de processo de cassação de mandato também foi motivada pela CPI dos Correios. Dos parlamentares denunciados como beneficiários do esquema do mensalão, grande parte foi cassado pelo Conselho de Ética, mas depois absolvidos pelo plenário, onde o voto é secreto.
Mas também há frustrações. Ninguém foi preso ou virou réu. E até hoje a maioria dos órgãos que recebeu o relatório final da CPI não se pronunciaram sobre as irregularidades. "Dos 19, apenas 5 responderam e de forma superficial que procedimentos adotaram para evitar as irregularidades", disse.
Parlamentares que integraram a CPI já encaminharam ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pedido para que ele acione esses órgãos por crime de responsabilidade, mas Fruet admite que essa é uma medida extrema, até porque o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um dos que seriam atingidos.
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