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09/04/2007
-
13h09
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Câmara deve voltar a discutir a proposta de aumento da verba de gabinete nesta semana. Integrantes da Mesa Diretora estão pressionando o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a colocar o assunto na pauta da Casa. Eles prometem impor a discussão na reunião da Mesa Diretora marcada para quarta-feira.
Por mês, os deputados têm disponível R$ 50,8 mil para pagar os salários de até 26 assessores --que variam de R$ 601 até R$ 8.040. O dinheiro é repassado diretamente aos funcionários e não passa pela conta dos deputados.
A proposta em discussão na Casa prevê reajustar o valor da verba de gabinete em 28%, percentual que corresponde à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Isso garantiria aos deputados uma verba de R$ 65,1 mil.
Já o aumento dos salários dos deputados não deve entrar na discussão porque, na avaliação de membros da Mesa, pois já há consenso de que a decisão será do plenário.
"Sobre os salários não têm mais o que ser discutido na Mesa, ele [Chinaglia] tem que pautar o plenário. Eu discordo da avaliação dele [Chinaglia] de que este não é o momento para essa discussão. Acho que o tempo já passou, deveria ter sido feita logo no início da legislatura", disse deputado Ciro Nogueira (PP-PI), terceiro secretário da Câmara.
Os deputados querem elevar os salários para R$ 16,3 mil, um reajuste de cerca de 28%. Hoje, eles ganham R$ 12,8 mil.
Com relação à verba de gabinete --utilizada pelos parlamentares para contratar funcionários--, a decisão é de competência da Mesa Diretora.
"A Câmara precisa tomar essa decisão para esgotarmos logo esse assunto. Isso já deveria ter sido feito no início da legislatura. A condução [do assunto] foi mal feita", afirmou Nogueira em mais uma crítica direta a Chinaglia.
Primeiro vice-presidente da Câmara, o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) disse que dificilmente o assunto irá avançar na reunião desta semana, apesar da pressão dos parlamentares.
"Não ouvi entusiasmo [do presidente] com relação a isso. Tem medidas provisórias trancando a pauta, a CPI do Apagão para ser discutida, enquanto não tiver solução para isso não há ambiente na Casa para uma discussão sobre salário e reajuste da verba de gabinete", disse.
O deputado é favorável ainda que a discussão sobre o reajuste da verba de gabinete também passe pelo crivo do plenário, o que pode atrasar ainda mais o reajuste.
"Acho que nenhuma dessas decisões devem ficar restritas à Mesa, elas têm que ser compartilhadas com o parlamento", disse.
Outro ponto polêmico é que, ao contrário dos salários dos deputados e senadores, a verba de gabinete foi reajustada na gestão do ex-deputado Severino Cavalcanti.
Na época, o valor passou de R$ 35 mil para R$ 50 mil. "Acho que o reajuste para a verba deveria ser menor do que a inflação porque ela não ficou congelada nos últimos quatro anos", disse Rodrigues.
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da Folha Online, em Brasília
A Câmara deve voltar a discutir a proposta de aumento da verba de gabinete nesta semana. Integrantes da Mesa Diretora estão pressionando o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a colocar o assunto na pauta da Casa. Eles prometem impor a discussão na reunião da Mesa Diretora marcada para quarta-feira.
Por mês, os deputados têm disponível R$ 50,8 mil para pagar os salários de até 26 assessores --que variam de R$ 601 até R$ 8.040. O dinheiro é repassado diretamente aos funcionários e não passa pela conta dos deputados.
A proposta em discussão na Casa prevê reajustar o valor da verba de gabinete em 28%, percentual que corresponde à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Isso garantiria aos deputados uma verba de R$ 65,1 mil.
Já o aumento dos salários dos deputados não deve entrar na discussão porque, na avaliação de membros da Mesa, pois já há consenso de que a decisão será do plenário.
"Sobre os salários não têm mais o que ser discutido na Mesa, ele [Chinaglia] tem que pautar o plenário. Eu discordo da avaliação dele [Chinaglia] de que este não é o momento para essa discussão. Acho que o tempo já passou, deveria ter sido feita logo no início da legislatura", disse deputado Ciro Nogueira (PP-PI), terceiro secretário da Câmara.
Os deputados querem elevar os salários para R$ 16,3 mil, um reajuste de cerca de 28%. Hoje, eles ganham R$ 12,8 mil.
Com relação à verba de gabinete --utilizada pelos parlamentares para contratar funcionários--, a decisão é de competência da Mesa Diretora.
"A Câmara precisa tomar essa decisão para esgotarmos logo esse assunto. Isso já deveria ter sido feito no início da legislatura. A condução [do assunto] foi mal feita", afirmou Nogueira em mais uma crítica direta a Chinaglia.
Primeiro vice-presidente da Câmara, o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) disse que dificilmente o assunto irá avançar na reunião desta semana, apesar da pressão dos parlamentares.
"Não ouvi entusiasmo [do presidente] com relação a isso. Tem medidas provisórias trancando a pauta, a CPI do Apagão para ser discutida, enquanto não tiver solução para isso não há ambiente na Casa para uma discussão sobre salário e reajuste da verba de gabinete", disse.
O deputado é favorável ainda que a discussão sobre o reajuste da verba de gabinete também passe pelo crivo do plenário, o que pode atrasar ainda mais o reajuste.
"Acho que nenhuma dessas decisões devem ficar restritas à Mesa, elas têm que ser compartilhadas com o parlamento", disse.
Outro ponto polêmico é que, ao contrário dos salários dos deputados e senadores, a verba de gabinete foi reajustada na gestão do ex-deputado Severino Cavalcanti.
Na época, o valor passou de R$ 35 mil para R$ 50 mil. "Acho que o reajuste para a verba deveria ser menor do que a inflação porque ela não ficou congelada nos últimos quatro anos", disse Rodrigues.
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