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10/04/2007
-
17h50
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Ao mesmo tempo em que decidiram acabar com as votações na Câmara às segundas-feiras, os líderes partidários definiram hoje que o reajuste salarial dos 513 deputados entrará na pauta de votações da Casa Legislativa assim que a pauta for liberada. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu com os líderes a incluir o reajuste na pauta da Casa depois da votação das MPs (medidas provisórias) que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) --que deve ocorrer até o final de abril.
Os deputados insistiram em afirmar que o reajuste não entrou na discussão na reunião de líderes desta terça-feira. Mas reconheceram que o consenso é que a correção dos salários seja feita com base na inflação acumulada dos últimos quatro anos. Se o reajuste for aprovado, os subsídios dos deputados vão passar dos atuais R$ 12.847,20 para R$ 16.250.
O novo valor também vale para o Senado Federal. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou hoje que a Casa vai acatar o que for decidido pela Câmara.
A oposição, apesar de ser favorável ao reajuste, se mostrou contrária a priorizar o tema. "Para o DEM (ex-PFL) esse tema não tem a menor relevância", afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS).
Os governistas adotaram o mesmo discurso da oposição. "Essa não é uma pauta prioritária. É um tema que se não houver entendimento não deve ser discutido. Temos primeiro que debater o PAC e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios)", afirmou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Apesar do discurso, governo e oposição não se mostraram contrários a colocar o reajuste em votação quando a pauta da Câmara for destrancada.
Verba de gabinete
O consenso entre os deputados é votar, no plenário, apenas o reajuste nos salários. O incremento na chamada verba de gabinete será discutido pela Mesa Diretora da Câmara. Por mês, os deputados têm disponível R$ 50,8 mil para pagar os salários de até 26 assessores --que variam de R$ 601 até R$ 8.040. O dinheiro é repassado diretamente aos funcionários e não passa pela conta dos deputados.
A proposta em discussão na Casa prevê reajustar o valor da verba de gabinete em 28%, percentual que corresponde à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Isso garantiria aos deputados uma verba de R$ 65,1 mil.
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Ao mesmo tempo em que decidiram acabar com as votações na Câmara às segundas-feiras, os líderes partidários definiram hoje que o reajuste salarial dos 513 deputados entrará na pauta de votações da Casa Legislativa assim que a pauta for liberada. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se comprometeu com os líderes a incluir o reajuste na pauta da Casa depois da votação das MPs (medidas provisórias) que integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) --que deve ocorrer até o final de abril.
Os deputados insistiram em afirmar que o reajuste não entrou na discussão na reunião de líderes desta terça-feira. Mas reconheceram que o consenso é que a correção dos salários seja feita com base na inflação acumulada dos últimos quatro anos. Se o reajuste for aprovado, os subsídios dos deputados vão passar dos atuais R$ 12.847,20 para R$ 16.250.
O novo valor também vale para o Senado Federal. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou hoje que a Casa vai acatar o que for decidido pela Câmara.
A oposição, apesar de ser favorável ao reajuste, se mostrou contrária a priorizar o tema. "Para o DEM (ex-PFL) esse tema não tem a menor relevância", afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS).
Os governistas adotaram o mesmo discurso da oposição. "Essa não é uma pauta prioritária. É um tema que se não houver entendimento não deve ser discutido. Temos primeiro que debater o PAC e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios)", afirmou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (RS).
Apesar do discurso, governo e oposição não se mostraram contrários a colocar o reajuste em votação quando a pauta da Câmara for destrancada.
Verba de gabinete
O consenso entre os deputados é votar, no plenário, apenas o reajuste nos salários. O incremento na chamada verba de gabinete será discutido pela Mesa Diretora da Câmara. Por mês, os deputados têm disponível R$ 50,8 mil para pagar os salários de até 26 assessores --que variam de R$ 601 até R$ 8.040. O dinheiro é repassado diretamente aos funcionários e não passa pela conta dos deputados.
A proposta em discussão na Casa prevê reajustar o valor da verba de gabinete em 28%, percentual que corresponde à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Isso garantiria aos deputados uma verba de R$ 65,1 mil.
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