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12/04/2007 - 18h02

Renan é contra instalação de CPI do Apagão; oposição já tem 26 assinaturas

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em meio à pressão dos partidos de oposição para que o Senado instale a CPI do Apagão Aéreo, o presidente da Casa Legislativa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje ser contrário à criação da comissão. Segundo Renan, o Senado deve concentrar sua atenção em matérias "mais importantes".

"Eu sou contra, pessoalmente e politicamente. Acho que não é CPI que a Casa quer. Temos coisas mais importantes para serem votadas. Eu espero que o bom senso prepondere e que o requerimento de instalação da CPI não seja entregue à Mesa Diretora do Senado", disse.

Mesmo contrário à instalação da CPI, Renan disse que vai cumprir o regimento da Casa Legislativa caso receba o requerimento com as assinaturas necessárias para que a comissão seja criada. Se a oposição protocolar o pedido, cabe ao presidente do Senado determinar a instalação da CPI. "Instalo, mas fiz questão de dizer [à oposição] que sou contra", afirmou.

Oposição

O líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia, disse que a oposição já reuniu 26 assinaturas de senadores no requerimento que pede a instalação da CPI. São necessárias 27 assinaturas para viabilizar a comissão.

Os oposicionistas, no entanto, vão continuar a busca por novas assinaturas como medida de segurança. Eles temem o recuo de alguns senadores, uma vez que o requerimento reúne assinaturas de diversos peemedebistas que integram a base aliada do governo. A oposição deve protocolar o pedido de instalação da CPI na semana que vem.

Segundo Agripino, a oposição não vai recuar do pedido mesmo diante da pressão governista contra a comissão. "Só há uma hipótese de ter recuo na iniciativa do Senado: se os deputados que pediram a instalação da CPI na Câmara solicitarem a nossa reconsideração", afirmou.

Na Câmara, os governistas já admitem a possibilidade de instalar a CPI frente a pressão oposicionista no Senado. A base aliada do governo avalia que a oposição no Senado é mais articulada para as investigações que na Câmara --o que poderia trazer danos à imagem do governo federal.

"Se formos obrigados a investigar a corrupção, ela será investigada. Mas não para prejudicar A, B ou C. A percepção popular é que o governo e seus órgãos são os responsáveis pela crise no setor aéreo", afirmou Agripino.

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